Amazonas homologa projetos de crédito de carbono para duas reservas ambientais

O governador do Amazonas, Wilson Lima, homologou neste dia 5 de junho o resultado final das propostas de crédito de carbono para duas áreas protegidas do estado.

Os projetos são para as reservas de desenvolvimento sustentável do Rio Negro e Juma.

Lima também firmou pré-contrato com a Future Carbon Holding para iniciar consultas públicas prévias à implementação de geração de créditos de carbono nessas unidades de conservação.

O Governo do Amazonas criou concorrência pública para selecionar as propostas que possam criar novos créditos de carbono a partir de projetos de conservação em áreas protegidas.

Dessa forma, o governo disse que recebeu 57 propostas de 23 empresas, das quais 21 foram habilitadas, com capacidade de gerar mais de 163 milhões de toneladas de carbono equivalente (tCO2e) em créditos em 30 anos, conforme o governo.

Apenas nas reservas do rio Negro e Juma, a expectativa é gerar 28,5 milhões de toneladas de carbono.

 Caso aprovados, os projetos podem gerar juntos mais de R$ 3,3 bilhões em novos créditos, de acordo com o governo.

A homologação dessas duas reservas, segundo o governo, deve gerar benefícios a mais de 1,1 mil famílias de 63 comunidades.

Conforme o governo, o modelo criado pelo Amazonas para parceria de crédito de carbono em unidades de conservação ambiental é inédito no mundo.

O objetivo principal desse modelo de conservar a floresta é reduzir o desmatamento, atuar na prevenção e adaptação às mudanças climáticas.

Nesta estratégia, dos recursos captados com a venda dos ativos, a empresa poderá reter até 15% de taxa administrativa. Do restante, 50% deve ficar obrigatoriamente como benefício direto às comunidades.

Os outros 50% serão destinados ao Fundo Estadual de Mudanças Climáticas (Femucs).

Após a homologação das propostas, o governo deve divulgar o resultado final nos próximos dias.

Leia mais

Lula vai ao festival de Parintins promover turismo da Amazônia

Início das consultas

A empresa Future Carbon Holding S.A foi considerada apta para explorar as reservas Rio Negro e Juma após avaliação de projetos por critérios de qualificação e habilitação técnica para a prestação do serviço.

A reserva Rio Negro recebeu quatro propostas e a Juma, três.

Segundo as regras do contrato, cabe à vencedora realizar consultas prévias com as comunidades atingidas pelos projetos.

Só após o resultado dessas consultas, com aprovação dos moradores das reservas, é que o contrato definitivo poderá ser firmado entre governo e empresa.

Foto: Secom