AM: internet da infovia viabiliza 50 teleconsultas em Urucurituba

A Infovia 1 possui 1.100 quilômetros de cabo de fibra óptica subfluvial transportando internet banda larga de Santarém a Manaus

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 08/08/2023 às 17:32 | Atualizado em: 09/08/2023 às 11:06

O município de Urucurituba, localizado a 207 quilômetros de Manaus, já realizou mais de 50 teleconsultas com a conexão gerada pela infovia 1, do programa Norte Conectado.

A obra foi inaugurada pelo presidente Lula da Silva nesta segunda-feira (7), em Santarém (PA).

Conforme informou no mês passado o BNC Amazonas, o programa prevê a instalação de oito infovias com 12 mil quilômetros de cabeamento, passando por 59 cidades no norte do Brasil e beneficiando 10 milhões de pessoas.

A Infovia 1 possui 1.100 quilômetros de cabo de fibra óptica subfluvial transportando internet banda larga de Santarém a Manaus.

A infraestrutura passa pelas cidades de Autazes, Itacoatiara, Urucurituba e Parintins, no Amazonas, Juruti, Terra Santa, Oriximiná, Óbidos e Curuá, no Pará.

O número de teleconsultas no município amazonense foi revelado pelo Ministério da Saúde.

“A ação interministerial nos permite ampliar a telessaúde e favorece a fixação do Mais Médicos”, disse a ministra Nísia Trindade.

O programa Mais Médicos criou 15 mil novas vagas, sendo que 3,6 mil profissionais já começaram a atuar este ano em 2 mil municípios. No Amazonas, 174 médicos selecionados no primeiro edital de 2023 já estão em atividade.

Para ela, a infovia é um marco da conectividade com maior velocidade e qualidade a serviço da saúde.

“Quando nós falamos de transição digital, falamos, hoje, de inclusão digital, para levar acesso à internet àquelas pessoas que não tem. Com isso, será possível conectar as unidades básicas de saúde da região, fortalecendo, assim, o trabalho da atenção primária”, afirmou.

Nísia garantiu que a expansão da telessaúde, focada no atendimento especializado nos locais de difícil acesso, é prioridade do Ministério da Saúde.

Por meio da consulta de um especialista à distância e com o uso do telediagnóstico, por exemplo, o tratamento dos pacientes será mais resolutivo.

De acordo com a pasta, em diversas localidades do Amazonas e Pará, o tempo médio de deslocamento para atendimento médico especializado pode chegar a 24 horas de barco e chega a gerar um custo de até R$ 80 mil por trecho quando feito de avião.

“A expansão da saúde digital é essencial para superar esses desafios geográficos”, diz a pasta.

Leia mais

Lula e Juscelino Filho inauguram infovia 1, em Santarém

Lula destaca centro de telemedicina de Parintins em vídeoconferência

Parintins

O ministério destacou que Parintins foi o primeiro município do país a receber um núcleo de telessaúde, em 2006.

Em 2014, o programa Telessaúde Brasil Redes, responsável pela criação do núcleo amazonense, foi reconhecido como modelo de sucesso pela Organização Pan Americana de Saúde (Opas) e considerado exemplo a ser seguido pelos países da região das Américas para levar saúde às áreas de difícil acesso.

“Hoje, 17 anos depois do primeiro ponto de telessaúde na região, essa ampliação beneficiará pelo menos 2,8 milhões de pessoas, e proporcionará benefícios às populações ribeirinhas, aos povos originários e a residentes em geral de áreas rurais remotas da região, que enfrentam desafios geográficos e financeiros em busca do atendimento de saúde”, diz a pasta.

Foto: Reprodução/ Internet