Aeroportos do Brasil são melhores até na logística do tráfico, diz ministro
Durante viagem a Londres, Renan Filho destacou como a infraestrutura de transporte brasileira.

Diamantino Junior
Publicado em: 06/11/2024 às 10:50 | Atualizado em: 06/11/2024 às 10:53
Em viagem oficial a Londres, o ministro dos Transportes, Renan Filho, abordou um tema preocupante: o uso da infraestrutura portuária e aeroportuária (aeroportos) brasileira por organizações criminosas envolvidas no tráfico de drogas.
Filho do senador Renan Calheiros, o ministro reconheceu que o Brasil enfrenta desafios relacionados à violência urbana e ao tráfico de substâncias ilícitas, agravados pela proximidade com países da América do Sul, grandes produtores de drogas.
Segundo Renan Filho, a infraestrutura de transporte do Brasil, que inclui portos e aeroportos, é bem desenvolvida e acaba sendo um atrativo para essas atividades ilícitas.
“A droga inunda o Brasil para acessar a nossa infraestrutura e ir para o mundo, porque os nossos portos e aeroportos são melhores”, afirmou o ministro, em uma declaração registrada pela Folha de São Paulo.
Ele explicou que as redes de transporte brasileiras oferecem facilidades logísticas, tornando o processo de envio de drogas para mercados como Europa e Estados Unidos mais ágil e menos burocrático.
Renan Filho também destacou que a alta conectividade do Brasil com destinos internacionais, seja por via aérea ou marítima, facilita as rotas do tráfico, exigindo menos intermediários no transporte.
No entanto, é importante observar que o Ministério dos Transportes, liderado por Renan Filho, não é responsável pela gestão dos aeroportos, tarefa que cabe ao Ministério de Portos e Aeroportos, sob comando de Silvio Costa Filho desde sua criação em 2023.
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Essa fala do ministro revela a complexidade do combate ao tráfico internacional e reforça a necessidade de colaboração entre diversas pastas do governo para enfrentar o problema, que envolve não só a segurança pública, mas também o uso de infraestrutura de transporte nacional em operações ilícitas.
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Foto: DECEA