Jowberth e a igualdade de oportunidades
Em três semanas, Aldenor Ferreira apresentou candidatos que considera honestos, éticos e trabalhadores, "defensores intransigentes do regime democrático"

Neuton Correa, Aldenor Ferreira*
Publicado em: 28/05/2022 às 05:29 | Atualizado em: 28/05/2022 às 05:30
Nos textos anteriores falei sobre as pré-candidaturas de Francisco Praciano e Thiago Botelho, do Amazonas e de Mato Grosso do Sul, respectivamente. Hoje, para finalizar essa série, escrevo sobre o pré-candidato Jowberth Frank, que disputará a eleição no belíssimo estado do Maranhão.
Em tempo, é importante apontar que o objetivo central deste e dos últimos dois textos é apresentar ao leitor desta coluna – e a outras pessoas que ela alcançar – nomes de pessoas honestas, éticas, trabalhadoras e, acima de tudo, defensoras intransigentes do regime democrático, tão ameaçado nesses quatros anos de governo Bolsonaro.
Não há justificativa nenhuma para não se fazer boas escolhas no pleito de 2022. Aquele(a) que afirma que a política é o espaço exclusivo da bandalheira e que não há boas opções nas próximas eleições mente, se auto engana, pois há uma plêiade de sábios nos quais poderemos votar este ano.
Nessa lista de nomes brilhantes está, certamente, Jowberth Frank Alves da Silva, 47 anos, natural de São Bernardo e pré-candidato a deputado estadual pelo PT, no importante estado do Maranhão.
Eu conheci o Jowberth em 1998, quando iniciamos o curso de Ciências Sociais na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Conheço bem o seu caráter e o seu compromisso com a boa política, bem como com os valores republicanos e democráticos.
Assim como eu, Jowberth faz parte da classe trabalhadora – nossa infância e adolescência não foram fáceis, chegamos à universidade pública por mérito e por esforço hercúleo de nossas famílias. Tivemos que estudar e trabalhar ao mesmo tempo, fato comum aos filhos da classe trabalhadora que se aventuram no ensino superior. Ele fez todo o curso de Ciências Sociais trabalhando à noite, assim como eu, e concluiu o curso com muita luta.
Jowberth sempre foi um militante social. Na adolescência já participava da Pastoral da Juventude em sua cidade natal. Quando entrou na universidade, sua militância continuou e, mesmo tendo que trabalhar todas as noites em seu carrinho de lanche no antigo porto de Manaus, nunca deixou de participar ativamente das discussões que envolviam o Centro Acadêmico de Ciências Sociais e o Diretório Central dos Estudantes da UFAM.
A história de vida do Jowberth é inspiradora, é uma história de superação, de dedicação, de luta contra as desigualdades sociais e, acima de tudo, de luta por igualdade de oportunidades. Ainda, ele é um exemplo vivo da importância da educação pública, gratuita e de qualidade como motor de transformação social.
Falando em igualdade de oportunidades, me veio à mente as maravilhosas aulas de teoria política do nosso saudoso professor Ricardo Parente, que trabalhava no Departamento de Ciências Sociais da UFAM. Ele lecionou A democracia na América, de Alexis de Tocqueville.
Lembro-me de que o professor nos explicava que, para o filósofo francês, a noção de democracia passa necessariamente tanto pelo ideal de liberdade quanto pela igualdade de oportunidades, ambas fundamentais para a constituição de uma sociedade justa. Noutras palavras, para que uma sociedade seja verdadeiramente democrática, três aspectos são primordiais, a saber: a “igualdade de condições”, a “igualdade de oportunidade” e a ausência de “uma estratificação social rígida”.
Jowberth entendeu bem as premissas de Tocqueville e, desde que iniciou sua atuação nas esferas governamentais, seja no Ministério do Desenvolvimento Agrário, na Superintendência do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA) ou na Secretaria de Estado do Trabalho e da Economia Solidária (SETRES), do Maranhão, essa tem sido a sua luta: criar igualdade de oportunidades para os maranhenses.
Nesse sentido, sua pré-candidatura à Assembleia Estadual do Maranhão, de certa forma, é uma tentativa de dar continuidade, agora de dentro do legislativo, ao seu trabalho que visa a construir uma sociedade maranhense menos assimétrica.
Seguiremos na luta camarada Jowberth, cada um na sua esfera de atuação, você na política, eu na sociologia, mas com a certeza de que podemos, juntos, contribuir para o estabelecimento da igualdade de oportunidades e de condições e, consequentemente, para um Brasil mais justo, democrático e solidário.
Até a vitória!