Presidente do TSE quer Polícia Federal investigando ataques na apuração

O ministro Luís Roberto Barroso relatou que houveram disparos massivos, cerca de 436 mil conexões por segundo, a fim de derrubar sistema

Advogados apelam à Justiça contra TSE para anular eleições 2020

Ferreira Gabriel

Publicado em: 16/11/2020 às 20:23 | Atualizado em: 16/11/2020 às 20:23

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, afirmou nesta segunda-feira (16), que pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar o ataque cibernético aos sistemas da Justiça Eleitoral neste domingo (15),  dia do primeiro turno das eleições municipais.

O ataque, denominado “negação de serviço com milhares de tentativas de acesso simultâneas”, consistiu de 436 mil conexões por segundo na manhã deste domingo. A princípio, esse ataque tentou derrubar o sistema do Tribunal Superior Eleitoral.

De acordo com o ministro, os disparos massivos foram provenientes de Brasil, Estados Unidos e Nova Zelândia.

“O ataque não conseguiu ultrapassar as barreiras e foi devidamente repelido pelos nossos mecanismos de segurança”, afirmou Barroso.

Além do ataque cibernético, o ministro pediu também à PF a investigação do vazamento de dados antigos. Estes, portanto, de mais de dez anos, de ex-ministros e ex-funcionários do tribunal.

Segundo ele, esse vazamento se deu em “data pretérita”, ainda não identificada, mas foi divulgado neste domingo como forma de desacreditar o sistema de informática do tribunal.

“Assim que eles foram vazados, milícias digitais entraram imediatamente em ação tentando desacreditar o sistema. Há suspeita de articulação de grupos extremistas, que se empenham em desacreditar as instituições, clamam pela volta da ditadura. E muitos deles são investigados pelo Supremo Tribunal Federal”, declarou.

Barroso disse que conversou sobre o inquérito na manhã desta segunda-feira com o diretor-geral da Polícia Federal, delegado Rolando Alexandre de Souza. “Pedi a ele a investigação que se justifica nesse caso, uma investigação séria e ampla”, afirmou.

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Foto: Roberto Jayme/ ASCOM/TSE

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