Alfredo continuará programas de Arthur e diz que cumpriu sua obrigação na BR-319

Alfredo abriu rodada de entrevistas do BNC Amazonas com os candidatos a prefeito de Manaus

Alfredo Nascimento PL

Israel Conte

Publicado em: 22/09/2020 às 18:32 | Atualizado em: 23/09/2020 às 06:45

Com o objetivo de sentar pela quarta vez na cadeira de prefeito de Manaus, o candidato Alfredo Nascimento (PL) afirmou que dará continuidade aos projetos da gestão Arthur Neto (PSDB).

“O que o Arthur fez que é bom, eu vou continuar e quero complementar”, declarou em entrevista ao BNC Amazonas, nesta terça-feira, dia 22.

Alfredo, ex-ministro dos Transportes dos governos Lula e Dilma, também se blindou dos ataques em relação ao asfaltamento da BR-319, compromisso dele quando assumiu o cargo em 2004.

“Executei metade da BR-319. Cumpri minha obrigação”, afirmou.

Alfredo Nascimento, ex-deputado federal (2015-2019); ex-ministro dos Transportes (2004-2011); ex-senador (2007-2015); ex-prefeito de Manaus (1995-2004) abriu a rodada de entrevistas com os 11 candidatos majoritários nas eleições 2020.

Conversa republicana

Apoiado pela máquina municipal, Alfredo disse que teve, desde antes da pandemia, conversas republicanas com o prefeito Arthur Neto, que não lhe pediu nada em troca.

“Tivemos conversa republicana. O Arthur não me pediu nada. […] A idade que eu tenho, o currículo que eu tenho, não posso lotear a prefeitura. Eu tenho que ser o prefeito”, declarou.

O candidato do PL, que tem a ex-deputada federal Conceição Sampaio (PSDB) como vice na chapa, disse que manterá programas e projetos que deram certo.

“O que o Arthur fez que é bom, eu vou continuar e quero complementar tudo que foi feito na cidade. O que estraga muito a política é o fato de alguém ganhar a eleição e desmanchar tudo que estava funcionando, porque foi feito por outro, como fizeram comigo com o programa Médico da Família, por exemplo, e dessa maneira acaba a continuidade”, comentou.

 

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Alfredo destacou os atuais números econômicos da prefeitura e criticou a dívida de R$ 350 milhões deixada pelo antecessor e hoje pré-candidato a prefeito, Amazonino Mendes (Podemos).

“Em 2013, a prefeitura estava quebrada, tanto que o então prefeito nem se candidatou a reeleição porque a possibilidade de ele ganhar era nenhuma. Arthur recebeu a prefeitura com uma dívida de R$350 milhões de reais, e a previdência com um buraco de R$ 3 bilhões. Isso significava não pagar o salário dos aposentados. Agora, a previdência do município é a primeira colocada do país entre as 27 capitais e tem um superávit de R$ 1,5 bi. Esse equilíbrio e essa arrumação financeira que ele promoveu é fundamental. Ganhar a eleição significa aproveitar tudo isso que foi feito de bom. Outra ganhando significa interromper tudo. Fizeram isso com o Expresso, com o Médico da Família e outros programas que beneficiavam a população” disse o candidato.

Asfaltamento da BR-319 

Na entrevista, Alfredo se blindou dos ataques de adversários em relação ao asfaltamento da BR-319.

O compromisso foi assumido por ele e o então presidente Lula em 2004 quando Alfredo deixou a Prefeitura de Manaus para ser ministro dos Transportes.

“A verdade é que eu executei metade da BR-319. Enquanto se discutia esse meião [trecho do meio] que são 400 km eu trabalhei nos extremos. Visite Humaitá. O trecho até Porto Velho tem mais de 20 pontes construídas”, afirmou.

 

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Alfredo também é cético com relação a pavimentação da rodovia ainda no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Eu vi essa semana sendo lançada a  BR-319. Não é verdade, está sendo retomada um trecho que tinha sido feito um pedaço por mim que está estragado. São 52 km. A parte do meio que falta, 400 km, eu saí do ministério há quase 10 anos, depois de lá não fizeram absolutamente nada. E nem vão fazer. Porque não tem licenciamento ambiental da parte do meio, ainda. E só essa parte do meio vão levar pra construir 4, 5 anos e vai custar R$ 1,5 bilhão a R$ 2 bilhões. Tem dinheiro pra isso?”, questionou.

Assista a entrevista na íntegra.