Moraes convida Lira e Pacheco para validarem processo eleitoral
No primeiro turno, Pacheco já acompanhou a apuração no gabinete de Moraes, mas Lira não compareceu

Publicado em: 28/10/2022 às 11:32 | Atualizado em: 28/10/2022 às 11:32
O temor reinante em Brasília com a reação que Jair Bolsonaro terá caso Lula ganhe a eleição fez o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, convidar o presidente do Senado e o presidente da Câmara dos Deputados para acompanhar o andamento da apuração junto com ele, na sede da Corte.
Pelo plano de Moraes, logo após o final da contagem dos votos, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e Arthur Lira (PP-AL) fariam em seguida uma declaração conjunta atestando a lisura do processo e corroborando o resultado.
No primeiro turno, Pacheco já acompanhou a apuração no gabinete de Moraes, acompanhou a coletiva de imprensa, mas não deu nenhuma declaração.
Além do presidente do Senado, estiveram na sede do TSE no primeiro turno a maioria dos ministros do Supremo, o presidente interino do Tribunal de Contas da União (TCU), Bruno Dantas, e dezenas de representantes de embaixadas. Todos esses estarão lá novamente no domingo.
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A dúvida é sobre a presença de Lira, que não foi ao TSE no primeiro turno e até agora ainda não respondeu se estará no segundo.
O presidente da Câmara já vinha cogitando, durante a semana, promover uma reunião de líderes partidários na residência oficial da presidência da Casa para acompanhar o andamento da apuração e depois fazer uma declaração também defendendo o respeito ao resultado das urnas.
Aliados de Lira, porém, consideram que pode não ser prudente, politicamente, ele aparecer junto com Moraes quando o resultado for anunciado, ainda mais se Lula ganhar.
Defendem que Lira preserve o cacife com Jair Bolsonaro em ambos os cenários, vitória ou derrota do presidente da República, até para poder atuar como fiador da estabilidade democrática caso haja alguma ameaça de golpe.
Conforme informou a coluna, a possibilidade de a disputa pelo Palácio do Planalto terminar com uma margem apertada de votos, de menos de 4 milhões de votos ou até menos, é considerada altamente provável, seja quem for o vencedor.
Por isso, preocupa generais e ministros do Supremo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e do Tribunal de Contas da União (TCU) ouvidos reservadamente pela equipe da coluna.
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Foto: Marcello Casal/Agência Brasil