Lula vai ao TSE para deletar fake news de Bolsonaro sobre urnas
Na representação, o petista solicita que o mandatário seja condenado a pagar multa de R$ 25 mil pelo suposto crime de propaganda eleitoral antecipada

Publicado em: 19/07/2022 às 17:42 | Atualizado em: 19/07/2022 às 17:42
O ex-presidente Lula da Silva (PT) pediu hoje ao TSE que determine que o presidente Jair Bolsonaro (PL) exclua de seus perfis nas redes sociais vídeo de evento realizado ontem (18), com mentiras sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Na representação, o petista solicita que o mandatário seja condenado a pagar multa de R$ 25 mil pelo suposto crime de propaganda eleitoral antecipada.
A manifestação de Lula ocorre depois de Bolsonaro, em reunião com embaixadores de cerca de 50 países, ter afirmado que os ministros do TSE tentam barrar medidas de transparência às urnas eletrônicas com objetivo de eleger políticos de esquerda.
“A conduta de Bolsonaro se agrava ao se considerar que o pronunciamento, veiculado na mídia oficial do governo federal, a TV Brasil, ao vivo e na íntegra, fazendo uso de meios oficiais para propagar desinformação e realizar propaganda extemporânea”, diz a peça assinada pelos advogados Cristiano Zanin e Eugênio Aragão, que representam Lula junto a tribunais superiores.
No início de sua fala, ontem, o presidente afirmou que basearia a apresentação num inquérito da Polícia Federal sobre o suposto ataque hacker ao TSE durante as eleições de 2018.
“Segundo o TSE, os hackers ficaram por oito meses dentro do computador do TSE, com código-fonte, senhas —muito à vontade dentro do TSE. E [a Polícia Federal] diz, ao longo do inquérito, que eles poderiam alterar nome de candidatos, tirar voto de um e mandar para o outro”, disse Bolsonaro.
Outro inquérito foi aberto pelo STF para investigar o vazamento da apuração, com Bolsonaro e o deputado bolsonarista Filipe Barros (PL-PR) entre os alvos.
“Eu ando o Brasil todo, sou bem recebido em qualquer lugar. Ando no meio do povo. O outro lado, não. Sequer come no restaurante do hotel, porque não tem aceitação. Pessoas que devem favores a eles não querem um sistema eleitoral transparente. Pregam o tempo todo que, após anunciar o resultado das eleições, os chefes de Estado dos senhores devem reconhecer o resultado das eleições”, disse o presidente.
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Foto: Divulgação