“Bolsonaro está crescendo, apesar de tanta doidice”, diz Pauderney

Presidente do União Brasil falou isso em entrevista ao BNC, na qual se emocionou ao falar de seu trabalho de combate ao analfabetismo

Portas do União estão ainda mais fechadas para Pauderney

Neuton Correa, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 30/03/2022 às 09:34 | Atualizado em: 01/05/2022 às 03:29

O presidente regional do União Brasil, ex-deputado federal Pauderney Avelino, avalia que o presidente Jair Bolsonaro (PL) está, neste momento da corrida presidencial, conseguindo melhorar sua performance, “apesar de tanta doidice que ele fala e que faz”.

Para ele, a melhora tem relação com o momento de dificuldades pelo qual passa o brasileiro, enfrentado pelo presidente com programas de transferência de renda.

“Os programas que o Bolsonaro está levando a efeito são muito firmes, programas sociais, programas pra dar dinheiro no bolso do trabalhador que tá precisando. As pessoas estão passando por muita dificuldade, necessidade mesmo”, comentou.

Em seguida, Pauderney acrescentou, fazendo ressalva:

“Acho que esses programas estão melhorando a performance do Bolsonaro. Apesar de tanta doidice que ele fala e o que faz, mas tá melhorando. Agora, se vai continuar melhorando, é uma incógnita”.

Da mesma forma, o político avalia que a liderança de Lula na corrida é uma incógnita. Para ele, a eleição será átipica.

“Se o Lula vai continuar na frente, também é uma incógnita. É um ano atípico. É um ano que pode ter muita surpresa pela frente”.

Apesar da polarização Bolsonaro/Lula, Pauderney Avelino vê espaço para a terceira via.

“Pode sim aparecer um candidato da terceira via, com o discurso bem aprumado para que possa galgar e disputar com os dois que estão disputando os dois polos opostos”.

Assim, o presidente do União Brasil fez essa análise de conjuntura em entrevista que concedeu ao BNC AMAZONAS.

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Legado na Educação

Na entrevista, ele se emocionou ao falar de sua passagem pela Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Para ele, seu principal legado na pasta foi combater o analfabetismo.

“Tínhamos seis mil alunos analfabetos, no quarto ano. Eu fiquei chocado quando eu vi isso. Botei pra trabalhar, equipe boa. Eu quero aqui fazer homenagem aos nossos pedagogos, aos professores, aos nossos diretores, às nossas merendeiras e todo mundo que colaborou”, comentou.

Dessa forma, ele disse que colaborou para o resultado positivo.

“Nós reduzimos em 94%, medido em janeiro pelo Inep, essa distorção idade série. No geral, do primeiro ao terceiro ano, reduzimos em 82%. Isso merece uma comemoração. Esse é meu maior legado, que eu deixo na secretaria, e isso é política pública: combate ao analfabetismo. Acho que o que a gente fez este ano, ninguém fez no Brasil”, disse emocionado.

Desse modo, ele também citou os valores da data base e do Fundeb que a Semed colocou na conta dos servidores no final do ano. Segundo ele foi uma “mega sena”, mais de R$ 210 milhões.

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Foto: BNC AMAZONAS