Coronavírus, novo aliado da política econômica de Bolsonaro e Guedes

Mariane Veiga, Por Lúcio Carril*
Publicado em: 12/03/2020 às 15:20 | Atualizado em: 12/03/2020 às 15:20
Com pibinho de 1,1%, sem crescimento industrial, aumento do emprego informal (bico) e o desemprego atingindo 12 milhões de brasileiros, o coronavírus é uma benção para Bolsonaro e Paulo Guedes, dois neófitos em economia e especialistas em aumentar o lucro dos bancos.
A alta do dólar só não causou estrago maior no país devido à reserva de 370 bilhões de dólares deixados por Lula e Dilma.
Temer e Bolsonaro já queimaram 70 bilhões. Só nesta semana foram mais de 5 bilhões jogados no mercado para conter a desvalorização do real diante da moeda americana.
Na crise de 2008, Lula colocou em prática a receita keynesiana, criando um pacote de obras para gerar emprego e crescimento interno da economia. Deu certo. A crise foi uma marolinha por aqui.
Paulo Guedes é um capacho do sistema financeiro e do capital. Sem plano econômico, indica mais reformas para superar a crise.
O mesmo discurso de que as reformas trabalhista e da previdência gerariam mais emprego e crescimento.
Taí o resultado: um aumento nocivo da informalidade, com cerca de 40 milhões de brasileiros vivendo de “bicos” e o desemprego se mantendo no mesmo patamar.
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É um governo de mentiras, apoiado por empresários mentirosos, que gastam cerca de 5 milhões por mês com fake news, segundo o STF.
Embuste e mentira são os únicos instrumentos da economia bolsonariana.
Agora estão aliados ao coronavírus, que deverá ser responsável por toda incompetência do governo.
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*O autor é sociólogo e comunista
Foto: Isac Nóbrega/Presidência da República