Átila Lins pede ao líder do PSD para compor CMPI do INSS

Decano explicou que não assina pedidos de CPIs desde os anos 90 por princípio, mas solicitou ao líder do seu partido para integrar a CPMI do INSS, caso seja instalada, e apoia a investigação de fraudes.

Diamantino Junior

Publicado em: 08/05/2025 às 16:10 | Atualizado em: 08/05/2025 às 16:10

Decano da bancada do Amazonas e da Câmara dos Deputados diz que não assina requerimento de criação de CPI desde os anos de 1990 e é uma questão de princípio.

O deputado federal Átila Lins (PSD-AM) veio a público, nesta quinta-feira (8/5), para se posicionar sobre a possível instalação de duas comissões parlamentares de inquérito: uma CPI na Câmara dos Deputados e outra mista (CPMI) composta por deputados e senadores.

Ambas as comissões parlamentares são para investigar fraudes no INSS (Instituto Nacional de Seguridade Social) que estariam ocorrendo no órgão desde 2019.

Assim, a manifestação de Átila Lins é porque ele não assinou nenhum dos requerimentos de instalação das CPI.

“Nos últimos dias, tenho sido questionado por colegas parlamentares, amigos e eleitores pelo fato de eu não ter assinado a CPI da Câmara nem CPMI do INSS. A todos eles digo que essa decisão política não é de agora, pois, não assino CPI desde os anos de 1990. É uma questão de princípio. No entanto, sou totalmente favorável a todo tipo de investigação e que, ao final as apurações, os culpados sejam punidos”, declarou Átila.

Participação na CPI

Ainda, segundo o decano da bancada do Amazonas e da Câmara dos Deputados, a atitude de não assinar o requerimento para criar a CPMI do INSS não o exime de participar da comissão.

“Eu mesmo pedi ao líder do meu partido (Antônio Brito, PSD-BA) para incluir meu nome na lista de indicações para compor a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito, caso ela venha mesmo a ser instalada no Congresso Nacional”, ressaltou Lins.

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Por outro lado, o deputado amazonense lembrou que muitas vezes as comissões parlamentares de inquérito fazem o mesmo trabalho de investigação das autoridades públicas, como é o caso, agora, da Polícia Federal e da Controladora-Geral da União (CGU), que já estão no processo investigativo das fraudes do INSS.

Investigação

Nesta quinta-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) pediu o bloqueio dos bens de 12 associações e de seus dirigentes suspeitos de fraudar o INSS.

Eles respondem a Processo Administrativo de Responsabilização pelo INSS, além de seis pessoas jurídicas que teriam funcionado como intermediárias de pagamentos de vantagens indevidas.

Foto: divulgação