Alberto Neto propõe a ministério reestruturar carreiras na Suframa

O deputado federal Capitão Alberto Neto apresentou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, Indicação n.119/24, que sugere a reestruturação na carreira da Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa).

O parlamentar justificou que os servidores da Suframa esperam há tempos a formalização e instalação da mesa setorial para a reestruturação da carreira, pelo Ministério da Gestão e Inovação dos Serviços Públicos (MGI), e lembrou do agravante que a autarquia é a única, vinculada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), que não tem o concurso público autorizado pelo MGI.

Não é difícil prever o cenário imediato, uma perda significativa do efetivo funcional devido às aposentadorias previstas até 2026. Servidores movimentados para outras instituições ou para outros poderes levando consigo, o conhecimento especializado, que é fundamental para a Superintendência, disse.

Para o deputado este cenário de precarização é a antessala para a “Suframa na UTI” que levou a classe à greve nos anos de 2014 e 2015, por isso a necessidade de uma reestruturação na carreira da Suframa, para manutenção e valorização das servidoras e servidores da autarquia, que auxiliam ao longo dos anos na execução de políticas públicas formuladas, para a Amazônia Ocidental e Amapá.

Alberto Neto explicou que desde o ano de 2016, os servidores da Suframa tiveram perdas salariais que resultaram na diminuição do poder de compra em mais de 40%, inviabilizando a única carreira do executivo federal voltada a operacionalizar políticas de desenvolvimento econômico na porção Norte do Brasil e a acompanhar as renúncias fiscais concedidas de forma colaborativa à Receita Federal do Brasil.

“Vamos lutar pela valorização dos servidores da Superintendência, pois, não há Suframa forte sem a devida reparação dos vencimentos dos servidores, devolvendo a eles a dignidade de seus vencimentos!”, afirmou.

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Mão de obra especializada

Ao longo de mais de cinco décadas, esses trabalhadores ajudaram a formatar o Polo Industrial de Manaus – PIM, que hoje gera mais de 112 mil empregos diretos e mais de 700 mil indiretos e induzidos em toda a cadeia produtiva espalhada pelo Brasil.

Da colaboração desses funcionários, surgiu a responsabilidade de gerar emprego com sustentabilidade ambiental, com cadeia de valor local, como contrapartida aos incentivos recebidos do governo federal pelas empresas. E ainda um trabalho, voltado à promoção de dinâmica social e econômica na Amazônia, direcionando para construção de polos de pesquisa e desenvolvimento por meio do fomento a empreendimentos que levem à descentralização de investimentos.

Essa questão é das mais relevantes econômica e socialmente, pois esses servidores, também contribuíram, na porção mais distante dos centros de decisão do país, colaborando com a soberania do Brasil na sua maior porção territorial. E isso é para além, a Zona Franca garante dignidade ao amazônida, gerando emprego, renda e perspectivas de futuro melhor para nosso povo, disse Alberto Neto.

Foto: divulgação