Alberto Neto critica falta de compromisso do governo com BR-319

Parlamentar critica o governo Lula por abandono da BR-319 e alerta para impactos do isolamento no Amazonas.

Diamantino Junior

Publicado em: 06/06/2025 às 22:00 | Atualizado em: 07/06/2025 às 16:04

“O problema é que nós temos uma pessoa verdadeiramente contra a BR-319, a ministra Marina Silva. Nesse governo Lula o asfaltamento da 319 não vai sair”, declarou o deputado federal Capitão Alberto (PL-AM), sobre a situação de isolamento que o Amazonas está passando desde o último fim de semana, quando ocorreu o rompimento da barragem que estava dando condições de tráfego na rodovia.

Em entrevista nesta sexta-feira, (6/6), o parlamentar comentou que esteve na estrada realizando vistoria e acompanhou de perto a dificuldade dos motoristas e dos trabalhadores da obra das pontes, que está atrasada, e mesmo com previsão para setembro deste ano, parece um projeto pouco factível.

“É um cenário muito triste, falando com as pessoas na BR-319 e vendo o descaso com essa estrada que deveria ligar o Amazonas ao resto do Brasil. As pontes caíram em 2022, pessoas morreram, isso é a cara do abandono. Esse isolamento, essa falta de asfaltamento tira a dignidade do povo do Amazonas”, disse.

Para o deputado, que foi relator do Projeto de Lei n.4994/23, que reconhece a rodovia BR-319 como infraestrutura crítica, indispensável à segurança nacional e estabelece a garantia de sua trafegabilidade nas condições que especifica, o asfaltamento é fundamental para o desenvolvimento do Amazonas e a preservação ambiental.

“A BR-319 é extremamente importante para o Amazonas, não é para passear como diz a ministra Marina Silva. Essa estrada significa acesso, desenvolvimento e dignidade para o estado e seu povo”, declarou.

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O parlamentar reforçou ainda a questão estratégica da rodovia para a segurança regional e a própria preservação ambiental.

“Eles não conseguem entender que quando o estado não se faz presente quem se faz presente é o estado paralelo. A falta do asfalto atrapalha o trabalho da polícia e dos  órgãos ambientais, e isso atrasa o desenvolvimento econômico e sustentável da região”, afirmou Capitão Alberto Neto.

Foto: divulgação