Bolsonaro representa elite sanguinária, bárbara, corrupta e assediadora

Ações que levam à negação de todas convenções internacionais de direitos humanos, nos colocando como uma nação à margem da civilização.

Bolsonaro representa elite sanguinária, bárbara, corrupta e assediadora

Ednilson Maciel, por Lúcio Carril*

Publicado em: 01/07/2022 às 06:10 | Atualizado em: 01/07/2022 às 06:10

Em três anos e meio de governo já acumula 20 escândalos de corrupção, com destaque na saúde e na educação, duas áreas estratégicas para as políticas públicas e para a vida e o desenvolvimento humano.

E isso não é por acaso.

O superfaturamento de vacinas e transporte escolar, por exemplo, escancara um célere projeto em andamento para fazer um retrocesso civilizatório e instaurar um estado de barbárie no Brasil.

Mas, a corrupção por si só não denota um retrocesso civilizatório. Sim, já que ela existe em menor grau em sociedades mais avançadas em desenvolvimento humano.

No entanto, há um sinal de outras práticas nocivas ao convívio social e à cultura que colocam a corrupção como parte de um projeto ideológico de obstrução do processo civilizatório no nosso país.

No último 29 de junho, o povo brasileiro foi impactado por mais um escândalo do atual governo.

O presidente da Caixa Econômica Federal, o maior banco público do país, foi denunciado por assédio sexual e moral aos funcionários da instituição.

Trata-se de uma prática concertada com o conjunto de práticas anticivilizatórias que perfilam a gestão Bolsonaro.

São ações que levam à negação de todas convenções internacionais de direitos humanos, nos colocando como uma nação à margem da civilização.

Esse projeto ideológico não é uma concepção instaurada em 2019.

Neste governo, essa perspectiva está sendo exacerbada, mas ela tem origem na constituição de uma elite violenta, genocida e bárbara, que até hoje não aceita nada que não seja a exclusão social e a subjugação de raças, credos, grupos identitários e massas de trabalhadores e trabalhadoras.

É a mesma elite que escravizou homens e mulheres e dizimou grupos inteiros de indígenas.

É a mesma que deu golpe contra a democracia e elegeu um fantoche neonazista para representá-la e executar seu projeto de barbárie.

É contra isso que estamos lutando.

É esse projeto que precisamos derrotar e recolocar nosso país nos trilhos da cultura e do respeito ao ser humano.

Foto: Alan Santos/Presidência da República

Lúcio Carril


*Sociólogo