Polícia Federal abre investigação da denúncia de propina da vacina no governo

A CPI da covid suspeita da existência de dois grupos dentro do ministério que disputavam a negociação de vacina

Polícia Federal abre investigação da denúncia de propina da vacina no governo

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 27/07/2021 às 17:36 | Atualizado em: 27/07/2021 às 17:36

A Polícia Federal abriu investigação da denúncia de propina de US$ 1 por dose de vacina, no governo. Isso teria sido solicitado pelo ex-diretor de Logística do Ministério da Saúde Roberto Dias.

Conforme denúncia feita pelo cabo da Polícia Militar de Minas Gerais, Luiz Paulo Dominghetti. Como informa o Correio Braziliense.

A princípio, ele disse à CPI da covid-19 que recebeu pedido de propina de Dias ao tentar vender 400 milhões de doses da vacina Astrazeneca, no dia 25 de fevereiro.

Então, Dias foi exonerado assim que a denúncia foi feita.

Além disso, na semana passada, a Procuradoria da República no Distrito Federal também abriu um inquérito civil para apurar a suspeita de corrupção.

Dessa maneira, a tentativa de obter vantagem indevida teria ocorrido em um restaurante em Brasília.

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Segundo o cabo, Roberto Dias falou sobre a propina e marcou uma reunião no dia seguinte no ministério, para que obtivessem uma resposta.

Roberto Dias nega o pedido de propina e que tenha marcado o encontro no restaurante. Ele alega que estava no local com um amigo, tomando um chopp.

Em seguida, Dominghetti chegou acompanhado do coronel Marcelo Blanco, ex-assessor do Departamento de Logística.

A situação está sendo apurada com profundidade pela CPI, que suspeita da existência de dois grupos dentro do ministério que disputavam a negociação de vacina.

Ou seja, um encabeçado por militares e outro, por figuras ligadas a partidos do Centrão.

Ainda segundo o informativo, o presidente da comissão, Omar Aziz (PSD-AM), disse na semana passada que acredita Roberto Dias era o operador do esquema, mas que ainda é preciso identificar para quem ele operava.

Foto: Marcos Oliveira/Agência Senado