Relator da CPI da covid cobra apoio dos presidentes da Câmara e do Senado

Nesta semana, a CPI, que já vem em rota de atrito com o Palácio do Planalto, teve um desgaste com as Forças Armadas

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Publicado em: 09/07/2021 às 17:12 | Atualizado em: 09/07/2021 às 17:12

O relator da CPI da covid, Renan Calheiros (MDB-AL), cobrou durante a sessão desta sexta-feira (09) o apoio do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), aos trabalhos da comissão.

“Novamente fazer aqui um apelo ao presidente da Câmara dos Deputados, que não tem perdido oportunidade para falar mal da comissão parlamentar de inquérito, a exemplo do presidente da República, e fazer um apelo ao presidente do Senado Federal, para que definitivamente apoiem os trabalhos, o aprofundamento da investigação, que nós vamos adiante”, disse Renan.

“Nós vamos, sim, investigar o que aconteceu nos porões do Ministério da Saúde. E, à medida em que esses fatos forem sendo conhecidos e essas provas foram sendo apresentadas, nós vamos cobrar a punição dos seus responsáveis, sejam eles civis, sejam eles militares, não importa”, continuou o relator.

Nesta semana, a CPI, que já vem em rota de atrito com o Palácio do Planalto, teve um desgaste com as Forças Armadas.

Na sessão da quarta-feira (7), o presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), disse que fazia muito tempo que o país não via tantos militares envolvidos em “falcatrua”, numa alusão aos investigados pela CPI que são de carreira militar.

A declaração de Aziz foi respondida por uma nota assinada pelo Ministério da Defesa e pelo comando das três Forças. No texto, os militares disseram que as “Forças Armadas “não aceitarão qualquer ataque leviano às Instituições que defendem a democracia e a liberdade do povo brasileiro”.

A resposta das Forças foi vista por Renan como tentativa de “intimidação”. Na quinta (8), o presidente do Senado disse que o episódio estava superado.

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Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado