Ministro confirma na CPI que país desperdiçou 2 milhões de testes RT-PCR

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, confirmou hoje (8) que o Brasil deixou que 2 milhões de testes da covid do tipo RT-PCR perdessem a validade. Dessa forma, não foram sequer distribuídos para exame da população.

Sem dizer como, quando e porque faria isso, Queiroga afirmou que o fabricante coreano do teste considerado padrão ouro para constatação da doença vai repor esse volume.

No dia 11 de maio, a Procuradoria-geral da República encaminhou à CPI documentos de um inquérito sigiloso. Tratava-se, portanto, sobre a atuação da União na aquisição e distribuição de testes. 

A investigação é feita pela Procuradoria da República no Distrito Federal. 

Dessa forma, em um dos documentos, o Ministério da Saúde informou ao Ministério Público sobre o risco do vencimento dos testes.

“Portanto, analisando o cenário atual, o Ministério da Saúde possui no almoxarifado central aproximadamente 4,3 milhões de testes moleculares com vencimento para maio de 2021, e que considerando uma rede laboratorial com capacidade instalada de processamento de aproximadamente 1,5 milhões exames/mês e uma estimativa de perda por validade de pelo menos 2,3 milhões de testes moleculares”, afirmou o ministério.

No dia 14 de junho, o ministério reconheceu que deixou 1,7 milhão de testes perderem a validade. Cada teste custou ao cofres públicos R$ 42.

O ministério afirmou, sem dar mais detalhes, que os testes vencidos vão ser substituídos pelo fornecedor, sem nenhum custo.

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Foto: Divulgação