Sub da PGR se assusta com tiros de empresário contra PF em Manaus

A subprocuradora disse que foi a primeira vez que ela viu isso acontecer, em 30 anos de atuação, especialmente em uma operação autorizada por um ministro de corte superior

Sub da PGR se assusta com tiros de empresário contra PF em Manaus

Publicado em: 02/06/2021 às 17:20 | Atualizado em: 02/06/2021 às 17:20

A subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo afirmou que a Polícia Federal (PF) foi recebida a tiros, durante o cumprimento de um mandado da Operação Sangria, que apura desvios de recursos federais que deveriam ser usados no combate à covid-19 em Manaus e no Amazonas.

“Teve um incidente bastante sério [em Manaus], em razão de ter sido um mandado de busca do ministro Francisco Falcão, que é o relator, e a Polícia Federal foi recebida a tiros pelo filho do Nilton Lins. Foi uma situação bastante constrangedora e perigosa”, disse.

A operação mira a construção do hospital de campanha Nilton Lins e teve com um dos alvos o empresário Nilton Costa Lins Júnior.

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A subprocuradora disse que foi a primeira vez que ela viu isso acontecer, em 30 anos de atuação, especialmente em uma operação autorizada por um ministro de corte superior.

Apesar do incidente, Lindôra afirmou que não houve nenhuma vítima. Ela também disse que tem um foragido, o secretário da Casa Civil, mas citou o nome do secretário da Saúde, Marcellus Campêlo.

Secretário

O secretário de Saúde do Amazonas (SES-AM), Marcellus Campelo, é um dos alvos dos mandados judiciais de prisão da operação Sangria, da Polícia Federal.

A informação foi dada pelo jornalista Ronaldo Tiradentes, no programa “Manhã de Notícias”.

Os mandados de busca, apreensão e prisão foram autorizados pelo STJ (Superior Tribunal de Justiça).

Esta fase da operação, a quarta, mira os contratos feitos pela pasta de Campelo para funcionamento do hospital da covid Nilton Lins.

Conforme as investigações, o secretário de Saúde, em nome do governo, teria cometido crimes em licitação e superfaturamento de preços em contratos com empresários.

Campelo sucedeu titulares da SES que também são investigados desde 2020. Por exemplo, Rodrigo Tobias e Simone Papaiz.

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Foto: BNC AMAZONAS