No pinga-pinga, Queiroga manda 14,7 mil doses de Coronavac ao AM

Desde janeiro, o Ministério da Saúde precisou de 19 remessas para levar 1,53 milhão de doses de três vacinas ao estado do Amazonas

Queiroga

Aguinaldo Rodrigues, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 08/05/2021 às 09:23 | Atualizado em: 08/05/2021 às 09:23

O Ministério da Saúde, do titular Marcelo Queiroga, enviou ao Governo do Amazonas neste dia 7 de maio a 19ª remessa de doses de vacinas desde janeiro. Desta vez, 14.700 doses da chinesa Coronavac, produzida pelo instituto brasileiro Butantan. 

Dessa maneira, o estado recebeu até agora 1.538.020 doses de Coronavac, Astrazeneca/Oxford e Pfizer. Os dados são da Fundação da Vigilância em Saúde (FVS).

Conforme informou nesta sexta, foram aplicadas 949.597 doses. Dessas, 620.430 de primeira dose (14,7% da população) e 329.167 (7,8%) da segunda.

Da população de 2,2 milhões de Manaus, 515.670 foram vacinadas. Porém, só 194.857 com as duas doses após quase quatro meses do início da vacinação contra a covid (coronavírus). Portanto, a pasta de Queiroga mantém a lentidão na execução do plano nacional da gestão Bolsonaro.

Ao mesmo tempo, no interior do Amazonas, quem mais vacinou foi Parintins: 25.983 doses aplicadas. Contudo, apenas 7.445 moradores estão imunizados com a segunda dose.

Jovens, vítimas em ascensão

Enquanto o Brasil não consegue imunizar nem mesmo os grupos prioritários, a doença avança mais sobre a população jovem.

Conforme estudo divulgado pela Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz), a epidemia de covid no Brasil se espalha cada vez mais pelas camadas jovens.

A constatação faz parte do Boletim do Observatório Covid-19, divulgado nesta sexta-feira (7).

De acordo com os dados, adultos jovens e de meia idade representam uma parcela cada vez maior dos pacientes.

Como resultado, essa situação é retratada particularmente entre 18 de abril e 1º de maio. A análise destaca as oscilações dos indicadores nos estados e a alta proporção de testes com resultados positivos.

Dessa forma, essa situação mantém o sistema de saúde sobrecarregado.

Para a Fiocruz, o cenário indica que a epidemia se mantém em patamar crítico de transmissão, com valores altos de incidência e mortalidade.

“A ligeira redução de casos e óbitos por covid-19 não significa que o país tenha saído de uma situação crítica. Pois, as médias diárias de 59 mil casos e de 2,5 mil óbitos nestas duas semanas epidemiológicas se encontram em patamares muito elevados”.

Em suma, os pesquisadores alertam que só redução sustentada por algumas semanas e avanço na vacinação podem derrubar a transmissão do vírus e aliviar o sistema de saúde.

Além disso, consideram como fundamental intensificar ações de distanciamento físico e social, combinadas com proteção social.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Renato Belém/Secom