CPI da covid quer saber motivos da queda de Mandetta e Teich

O objetivo é entender se houve e como se deu a pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para o uso da hidroxicloroquina

CPI da Covid quer saber motivos da queda de Mandetta e Teich

Publicado em: 20/04/2021 às 09:01 | Atualizado em: 20/04/2021 às 09:11

A cúpula da CPI da covid quer traçar uma linha do tempo e iniciar os trabalhos esquadrinhando as razões que levaram à queda dos ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich.

O objetivo é entender, por exemplo, se houve e como se deu a pressão do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) para que o governo defendesse, no tratamento contra a covid-19, o uso da hidroxicloroquina —medicamento sem eficácia comprovada contra a doença.

A estratégia tem sido discutida pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), indicado como presidente da comissão, com Renan Calheiros (MDB-AL), que deve ser o relator.

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Ambos são os responsáveis por direcionar os trabalhos da CPI e preparar seu plano de trabalho, incluindo a pauta de votações dos requerimentos apresentados pelos demais integrantes e agendamento de depoimentos.

Eles querem esmiuçar as tentativas de compra de vacinas pelo Executivo e o que levou o governo a recusar oferta da Pfizer para a compra de imunizantes, por exemplo.

Primeira reunião adiada

O colegiado seria instalado na próxima quinta-feira (22), mas, nesta segunda (19), o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), apelou a senadores para que a primeira sessão ocorra apenas na próxima terça-feira (27).

Formalmente, justificou aos colegas dizendo que não haveria tempo suficiente para higienizar a sala onde o colegiado vai trabalhar e organizar as urnas que vão servir para eleger o presidente da comissão.

Alguns senadores ficaram contrariados com a decisão.

Ainda nesta segunda, Pacheco publicou ato determinando que a instalação da CPI ocorrerá de modo semipresencial.

Serão instaladas urnas na área externa da sala onde ocorrerá a sessão e também na garagem coberta do Senado.

Os parlamentares precisarão ir à Casa para votar, mas, caso queiram se pronunciar, podem discursar remotamente.

O ato de Pacheco ainda prevê que o integrante mais velho da CPI marque a reunião de instalação, o que foi feito ainda nesta segunda. Otto Alencar convocou para a próxima terça-feira.

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Foto: Reprodução