Cientistas começam a identificar novas variações da cepa do AM
As alterações tem potencial de comprometer, ainda mais, a resposta imune contra o vírus

Publicado em: 28/03/2021 às 18:16 | Atualizado em: 29/03/2021 às 08:11
Cientistas começam a identificar novas variações da própria P.1, descoberta no Amazonas.
As alterações tem potencial de comprometer, ainda mais, a resposta imune contra o vírus.
Os pesquisadores da Rede Genômica da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram alterações inéditas do tipo deleção (perda de material genético) e inserção (acréscimo de aminoácidos) na estrutura da proteína Spike (S), conhecida também como espícula.
Segundo o pesquisador e virologista Felipe Naveca, vice-diretor de Pesquisa e Inovação do Instituto Leônidas & Maria Deane, da Fiocruz Amazônia, essa mudança tem potencial de neutralizar os anticorpos.
“Essas mutações podem fazer com que os anticorpos não reconheçam mais a partícula viral, sendo mais um mecanismo de escape do vírus. Se continuar prosseguindo, pode impactar não só em um processo de reinfecção, mas até afetar futuramente as vacinas. Não é o que acontece hoje, pelo que temos de informação, mas é uma preocupação e não sabemos as consequências disso mais para frente”, alerta Naveca.
Essa nova evolução já foi sequenciada 15 vezes, 11 apresentando deleção e quatro, inserção.
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Foto: Itamar Crispim/ Fiocruz