Advogados pedem HC coletivo contra ações do “Bolsonaro genocida”

Objetivo é impedir investigações e processos contra todas as pessoas que criticarem o presidente

Juiz diz "sim"

Da Redação do BNC AMAZONAS

Publicado em: 22/03/2021 às 19:15 | Atualizado em: 22/03/2021 às 19:15

Um grupo de nove advogados entrou com habeas corpus (HC) coletivo no Supremo Tribunal Federal (STF). O objetivo é impedir investigações e processos contra todas as pessoas que criticarem o presidente, em relação a conduta dele na pandemia da covid-19.

Até mesmo chamando Bolsonaro de ‘genocida’, pois para os advogados é exercício regular de direito de crítica política.

Além disso, decorrente do direito fundamental à liberdade de expressão e crítica. A informação é do Notícias ao minuto.

Segundo o HC, não há como caracterizar as manifestações como crimes contra a honra, previstos no Código Penal.

Assim como enquadrá-las na Lei de Segurança Nacional. Ambos as fundamentações foram utilizadas em diferentes pedidos de investigação contra críticos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

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Petição ao STF

A petição foi enviada ao STF na quinta (18), e protocolada neste sábado (20) pelos nove advogados.

Da mesma forma, a Defensoria Pública da União também foi ao Supremo contra os inquéritos contra críticos do presidente.

Ao Supremo, os advogados ressaltam que a “ilicitude” de um discurso depende sempre do seu contexto.

Por exemplo, para eles, o uso do termo genocida para qualificar o presidente não implica em uma intenção específica de ofender a honra. Uma vez que é usado no contexto de uma crítica política a ações políticas do presidente.

“Trata-se de uma legítima compreensão da postura negacionista e anticientífica do Sr. Presidente da República na sua desastrosa condução da pandemia do Covid-19, que, portanto, enquadra-se dentro do direito fundamental de oposição e crítica política ao Chefe de Governo e de Estado”, segue o HC.

Leia mais no Notícias ao minuto.

Foto: Reprodução/ Vídeo