Há 11 indÃcios de que Pazuello foi omisso na crise do oxigênio no AM
Esses indÃcios aparecem em um documento que tem a assinatura do próprio ministro da Saúde, Eduardo Pazuello

Publicado em: 10/03/2021 Ã s 11:51 | Atualizado em: 10/03/2021 Ã s 12:21
Reportagem da Folha de S.Paulo desta quarta (10) diz que existem 11 indÃcios de que o Ministério da Saúde e seu titular, general Eduardo Pazuello, foram omissos na crise de falta de oxigênio nos hospitais do Amazonas, em janeiro.
A falta do insumo colapsou as redes pública e privada de saúde e matou dezenas de pessoas.
Leia mais
Pazuello foi avisado até pela cunhada que Manaus viveria caos por falta de oxigênio
Amazonas pede socorro para transferir 61 bebês por falta de oxigênio
Culpa por falta de oxigênio é do governo federal e não das Forças Armadas, diz juÃza
Faro (PA), vizinho a Parintins (AM), agoniza com falta de oxigênio
Trinta morrem no interior do AM por falta de oxigênio e remoção
Por essa omissão, Pazuello é investimento em inquérito aberto pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
A Folha reforça hoje que o ministro não só teve conhecimento prévio da situação como, também, assinou relatório que lhe dava ciência da crise.
O jornal cita um documento da secretaria-executiva da pasta e um e-mail da empresa White Martins.
Essa empresa é a principal fornecedora de oxigênio para os hospitais do Amazonas.
O documento da White Martins, datado de 15 de janeiro, auge da crise da covid-19 no Amazonas, deixa claro ao ministro o aumento “abrupto” e “descontrolado” da demanda de oxigênio no Amazonas (veja na imagem destacada).
Na reportagem desta quarta, o jornal também cita a existência de outro e-mail de um diretor da fornecedora de oxigênio, do dia 11 de janeiro, pedindo apoio logÃstico de Pazuello.
“O próprio Pazuello escreveu, em um ‘relatório parcial de ações’ referente ao perÃodo de 6 a 16 de janeiro, que houve a detecção da ‘gravÃssima situação dos estoques de oxigênio hospitalar em Manaus’, ‘logo no inÃcio do perÃodo’. Segundo o ministro, a quantidade de insumo era ‘absolutamente insuficiente para o atendimento da demanda crescente’.
Imagem: reprodução/Folha de S.Paulo