MP-AM pede bloqueio de R$ 800 mil por não remoção de pacientes
O valor se refere somente ao municÃpio de Parintins, mas o Ministério Público do Amazonas acompanha outros casos em outros municÃpios que estão em igual situação em relação a vÃtimas da covid

Publicado em: 08/02/2021 Ã s 15:32 | Atualizado em: 08/02/2021 Ã s 18:31
As promotorias de Parintins e Careiro Castanho constataram o não cumprimento, ou cumprimento parcial, das liminares obtidas na Justiça para a providência, por parte do governo do Amazonas, do transporte de vários pacientes, em estado grave, para outra cidade, onde houver leitos de UTI disponÃveis.Â
Em Parintins, o Ministério Público informou, no fim da tarde desse domingo (7), ao juÃzo plantonista daquela comarca, que apenas um, de uma lista de dez pacientes que tiveram liminar expedida determinando suas remoções, conseguiu ser transportado para Manaus.
O paciente Mário Uchôa, conseguiu transporte particular, às próprias custas, e internação em um hospital particular da capital. Mas veio a óbito ainda no sábado passado (6).
Três pacientes, entre os dez nomes listados na liminar, morreram em Parintins.
BloqueioÂ
Agora, os promotores de Justiça pedem o “imediato bloqueio de verbas públicas no valor de R$ 800 mil pelo descumprimento da obrigação determinada judicialmente e o bloqueio do montante de R$ 80 mil nas contas pessoais do governador do estado, considerando ser a autoridade responsável pelo cumprimento da obrigação”.
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Careiro CastanhoÂ
Em Careiro Castanho, situação parecida fez o Ministério Público preparar um novo expediente jurÃdico para fazer o poder público a ordem de remover pacientes graves, internados na unidade de saúde daquela cidade, distante cerca de 100 km de Manaus, via estrada.
Segundo informações apuradas, nesta segunda-feira (8), oito pacientes, agora, esperam remoção, pelo mesmo motivo: o estado grave que requer tratamento em leito de UTI, o que não existe no municÃpio.Â
Uma liminar deferida na quinta-feira passada (4), determinou a remoção de cinco pacientes e os que mais fossem indicados pela diretoria do hospital local. Nenhum foi transferido, até agora.Â
Nos municÃpios de Manacapuru, Tefé, Tabatinga, Itacoatiara e Iranduba, o Ministério Público também obteve liminares onde a Justiça determinou remoção urgente de pacientes graves para Manaus, ou outras cidades.
Os promotores e promotoras de Justiça estão acompanhando esse cumprimento das ordens judiciais.
Foto: divulgação