Casos de coronavírus entre presidiários no Amazonas crescem 68%
Os dados constam no boletim divulgado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que, no mesmo período, constatou um aumento de 225% no número de casos nos presídios brasileiros

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 29/10/2020 às 18:50 | Atualizado em: 29/10/2020 às 18:52
O número de casos de coronavírus (covid-19) nos presídios do Amazonas subiu de 148 em agosto para 217 até o dia 19 deste mês.
O aumento foi de 68,2%.
Três pessoas morreram em decorrência da doença, sendo um detento e dois servidores dos presídios.
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Os dados constam no boletim divulgado pelo CNJ (Conselho Nacional de Justiça) que, no mesmo período, constatou um aumento de 225% no número de casos nos presídios brasileiros.
São 46.215 detentos contaminados e 205 óbitos. Nas unidades socioeducativas, são 4.520 casos da doença, com 22 mortes.
No Amazonas, 23 servidores foram contaminados com covid-19 e o número de testagem continua baixo.
Para uma população carcerária de quase 6 mil presos, uma superlotação (capacidade de 3.500 internos), foram feitos testes em apenas 305 detentos e 76 servidores.
Números considerados baixos
O Amapá testou 1.386 presos.
Nas unidades socioeducativas do estado, que abrigam adolescentes infratores, foram contaminados 39 internos e 41 servidores, nenhuma morte foi registrada. Não houve testagem nessas unidades.
O primeiro caso de covid-19 no estado foi registrado no Centro de Detenção Provisória Masculino, no dia 22 de abril, em Manaus.
Recursos
O Amazonas declarou ter recebido recursos federais para o combate à covid-19 nos presídios. Foram R$ 31,9 mil da 4ª Vara Federal para a aquisição de materiais e equipamentos. E mais R$ 71 mil do governo estadual, também para a compra de equipamentos.
O sistema informou que fornece os EPIs.
São eles: EPI (equipamentos de proteção individual), alimentação, fornecimento de água e material de higiene e limpeza, além de medicamentos e equipes de saúde.
Foto: BNC Amazonas