Bolsonaro reafirma que “no governo não há corrupção”

O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta quinta-feira (15), que o governo continua sem caso de corrupção. Ele respondeu a uma pergunta sobre o caso do senador Chico Rodrigues (DEM-RR).

O senador foi flagrado com dinheiro na cueca durante operação da Polícia Federal em Boa Vista, nessa quarta (14). Já nesta quinta, o parlamentar pediu afastamento do cargo de vice-líder do governo.

A operação teve a participação da Controladoria Geral da União (CGU) .

Abordado na saída do Palácio do Planalto, o presidente fez questão de responder a um repórter sobre o caso. A entrevista foi captada pelo canal Foco do Brasil, no YouTube.

“Parte da imprensa me acusa de o cara [senador Chico Rodrigues] ser meu amigo, de eu ter colocado ele como vice-líder e que em consequência eu não combato a corrupção. Essa operação foi da Polícia Federal em conjunto com a CGU, cujo ministro é o capitão Wagner Rosário. Ou seja, nós estamos combatendo a corrupção e não interessa quem seja a pessoa suspeita”. 

Ainda de acordo com Bolsonaro, a CGU analisa contratos. Além disso, verifica se os recursos ou produtos entregues estão dentro dos contratos.  

“A Controladoria também recebe denúncias e repassa para a PF e vice-versa, para aprofundar as investigações”. 

Em seguida, o presidente enfatizou a isenção do governo com a corrupção.  

“Essa investigação, em Roraima, foi exemplo típico do meu governo, que não tem corrupção e combate a corrupção, seja de quem for”.

“Vocês estão a quase dois anos sem ouvir falar em corrupção no meu governo”, prosseguiu.

Para o presidente, entretanto, o governo são ministros, estatais e bancos oficiais. “Alguns acham que corrupção tem a ver com o governo”, enfatizou.   

Mourão 

Por sua vez, o vice-presidente Hamilton Mourão disse que Chico Rodrigues deveria deixar o governo “voluntariamente”. A afirmação foi feita também no Palácio do Planalto e publicada no “Estado de Minas”.  

A exemplo de Bolsonaro, Mourão tentou descolar a imagem de Rodrigues do governo. “Todos aqueles que estão dentro do Parlamento e que trabalham em favor do governo ou ocupando o cargo, como ele tem, de vice-liderança, ou até mesmo fazendo parte da base, é uma linha auxiliar, ele não é membro do Executivo, isso ai é óbvio”, argumentou o vice-presidente. 

Foto: reprodução/vídeo/Foco do Brasil