Casos Melo-Henrique e Dilma-Temer, uma Amazônia de diferença

Publicado em: 12/06/2017 às 09:14 | Atualizado em: 12/06/2017 às 09:14

Se até para juristas, conhecedores da lei e do direito, ficou a certeza de que os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) usaram dois pesos e duas medidas nos processos de cassação das chapas José Melo (Pros)-Henrique Oliveira (SD) e Dilma Rousseff (PT)-Michel Temer (PMDB), quanto mais na cabeça do eleitor, que não conhece tanto de lei, mas tem noção de justiça, o resultado dos julgamentos mostrou ao país, ao vivo, uma Amazônia de diferença de tratamento.

É como se expressa um desses do povo em mensagem ao “Fórum dos Leitores” do Estadão nesta segunda, dia 12, fazendo um paralelo dos pesos e medidas dos votos da corte eleitoral maior do Brasil ao julgar o governador e o presidente.

A análise do leitor é do ponto de vista dos autos. Enquanto contra Temer e sua parceira de chapa havia um rio de provas de crimes eleitorais, Melo foi tirado do mandato porque teria comprado votos em uma eleição que venceu com mais de 117 mil de diferença.

“Por muito, muito menos, o mesmo tribunal, desta feita em sede recursal, cassou, no início de maio, o mandato do governador (também reeleito) do Amazonas José Melo (Pros), e não vi órgão algum da imprensa asseverar que, naquele caso, tivesse havido inobservância às tais ‘garantias constitucionais’ do referido governador …”, disse o leitor em um dos trechos da sua mensagem.

Entende esse “especialista” que, na comparação dos dois episódios, as provas e evidências contra Temer devem ser multiplicadas “por cem ou por mil” em relação ao julgamento de Melo.

Lembra ele que, por coincidência, talvez, o ministro-relator Herman Benjamin disse que a chapa Dilma-Temer cometeu “corrupção amazônica”, para marcar a grandiosidade do número de provas.

Teria sido absolvido o presidente por excesso de provas? É o que procura entender o leitor e milhares de eleitores.

Confira a mensagem na íntegra no Fórum do Estadão.

 

Foto: Beto Barata/Presidência da República