Ministro apela: “Seja respeitada a soberania do voto do eleitor”

Publicado em: 09/06/2017 às 15:40 | Atualizado em: 09/06/2017 às 15:41
O ministro Napoleão Nunes ainda nem terminara de proferir seu voto, mas a sua fala já enchia de esperança os partidários de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (PMDB) de que ele se colocaria contra a cassação da chapa pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ao final, seu voto confirmou isso.
Napoleão defendeu até que Dilma-Temer não foram os únicos a ser eleitos com dinheiro ilícito.
“Alegações de abuso do poder político e do poder econômico se manifestam em eleições de todos os níveis. Tem em toda reeleição. A constatação dessa matéria não é inédita neste tribunal”, afirmou.
O ministro foi enfático em afirmar que a soberania do voto do eleitor deve ser preservada e que, se aquele que ganhou a eleição cometeu algum ilícito, pague por isso, mas não necessariamente tenha que ser sacado do mandato.
“Ação foi proposta por chapa que perdeu, pedindo para ser diplomada. Pedir para mudar resultado no ‘tapetão’ não é democrático. Democrático é respeitar quem ganhou as eleições”.
E prosseguiu no seu voto afirmando:
“Se julgada procedente, ação vai empossar candidato perdedor? Esse é o pedido [do PSDB de Aécio Neves, derrotado nas eleições de 2014]”.
Essa declaração também animou a base do governador cassado José Melo (Pros), que se queixou que o pleno do TSE não levou em conta os argumentos que sua defesa apresentou. Melo vai recorrer da sua cassação.
Napoleão Nunes foi o relator do processo de Melo e seu voto foi pela permanência do ex-governador no cargo.
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