Desempregada tem auxílio negado por ter cargo no Palácio do Planalto
Apesar de a situação ser vista com humor, Adeyula lamenta ter sido vítima desse tipo de erro, que custou o saque do auxílio

Publicado em: 08/05/2020 às 15:13 | Atualizado em: 08/05/2020 às 19:32
Desempregada e moradora de uma casa simples em Jabaeté, no Espírito Santo, a estudante Adeyula Barbosa (31) teve o pedido de auxílio emergencial negado.
Dessa forma, após a Carteira de Trabalho Digital apontar que ela tem dois empregos em aberto.
Não bastasse a surpresa, em um dos contratos, ela descobriu que ocupa o cargo de “presidente da República” pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu).
Embora já tenha buscado respostas com os órgãos responsáveis, a estudante segue sem saber o que motivou o erro.
O último emprego formal de Adeyula foi como cuidadora em uma escola da rede estadual do Espírito Santo.
“Eu consultei o auxílio emergencial, fiz o cadastro no dia 7 de abril. Cerca de 20 dias depois, veio a negativa. Estava lá algo como ‘cidadão com emprego formal”, explicou.
De acordo com Adeyula, ao pesquisar sobre o problema, ela descobriu que ocupava o cargo de ‘presidente da República’.
Além do registro com o cargo mais alto do país, o segundo vínculo em aberto é de auxiliar de secretaria pela Prefeitura de Vila Velha, onde Adeyula atuou antes de 2019.
Apesar de a situação ser vista com humor por algumas pessoas, Adeyula lamenta ter sido vítima desse tipo de erro, que custou o saque do benefício.
“A gente ri, mas a nossa realidade é outra, dá vontade de chorar diante disso”, lamentou.
Respostas
Conforme o superintendente de Trabalho e Emprego no Espírito Santo, Alcimar Candeias, o erro é do contratante, neste caso, a Sedu.
Houve um erro quando a secretaria não informou a demissão da funcionária e outro ao inserir, equivocadamente, o código do cargo de presidente da República na ocupação da trabalhadora.
Leia no G1.
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Foto: Wilson Dias/ABr