País sofrerá revide se mineração em terra indígena for cedida, diz Serafim

Serafim disse, em tribuna da ALE-AM, que há motivos pelos quais o país pode ser prejudicado comercialmente

Serafim mineração terra indígena

Mariane Veiga

Publicado em: 13/02/2020 às 16:23 | Atualizado em: 13/02/2020 às 16:23

O deputado Serafim Corrêa (PSB) defendeu, na manhã desta quinta-feira, dia 06, a possibilidade de o Brasil sofrer retaliação comercial mundial se o processo de mineração em terras indígenas for liberado.

A afirmação foi feita após o presidente da República Jair Bolsonaro (sem partido) encaminhar ao Congresso Nacional, projeto de lei autorizando a exploração.

“O presidente da República anunciou que encaminhou o projeto de lei autorizando mineração, agricultura e pecuária em terras indígenas. Quero lembrar que só de era cristã, os índios têm 1.500 anos a mais do que nós no Brasil. É importante respeitar a presença dos índios. Nós não temos esse direito, porque quando nós ocupamos o país, eles já estavam aqui”, defendeu o parlamentar.

 

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O deputado disse, em tribuna da Assembleia Legislativa do Estado (ALE-AM), que  há quatro motivos pelos quais o Brasil pode ser prejudicado comercialmente.

“Efetivamente o mundo inteiro, principalmente os 20 maiores países do mundo, acordaram para a preservação ambiental. Existem quatro motivos pelos quais eles podem retaliar outro país menor ou até um dos que estejam dentro do G20. Primeiro motivo é a questão ecológica. Segundo é a questão das drogas. Terceiro é a questão do terrorismo e o quarto é a questão das etnias”, alertou.

O líder do PSB na Casa, chamou atenção para o risco de retaliação comercial mundial que o Brasil corre, caso a autorização da mineração e outras atividades econômicas em terras indígenas seja regulamentada.

“No caso dos índios brasileiros, junta a etnia e a questão ecológica. E aí, não tem dúvidas, nós sofreremos retaliações comerciais no mundo inteiro e isso, obviamente é muito ruim, no momento em que o Brasil sai, muito devagar, mas sai, da crise econômica que foi devastadora na nossa economia”, concluiu Serafim.

 

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Foto: Marcelo Araújo/Divulgação