Digitais da Odebrecht também na obra da Arena da Amazônia

Amazonas vai realizar evento teste de pós-pandemia

Publicado em: 21/04/2017 às 11:23 | Atualizado em: 21/04/2017 às 11:23

O G1, portal de notícias da Globo, publica na edição desta sexta, dia 21, uma radiografia de tudo o que transcorreu até agora na operação Lava Jato, após a divulgação do teor das delações de ex-executivos da empreiteira Odebrecht.

O Amazonas aparece citado em duas situações: pagamento de propina nas obras da ponte Rio Negro (hoje batizada de ponte Jornalista Phelippe Daou) e da Arena da Amazônia; e na doação ilegal de dinheiro da construtora para políticos, o caixa 2.

Segundo o trabalho de uma equipe de 36 profissionais do G1, as empreiteiras Odebrecht e Andrade Gutierrez fizeram um acordo para assegurar que a obra da Arena da Amazônia, demolindo o estádio que existia no local, o Vivaldo Lima, e implodindo qualquer chance de concorrência na licitação.

Isso tudo foi contado pelo delator premiado Benedicto da Silva Júnior, ex-presidente da Odebrecht Infraestrutura, ao juiz Sérgio Moro, da Lava Jato.

A Gutierrez disse ao G1 que não comentaria o assunto; a Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel), responsável pelo gerenciamento da arena, disse que os atuais gestores da pasta não são os mesmos da época da construção.

 

Tabelinha

Essa parceria de Odebrecht e Andrade Gutierrez na região Norte também aparece em outro momento nas delações à Lava Jato.

Nas obras da Usina Hidrelétrica de Santo Antônio, em Rondônia,

os senadores Ivo Cassol (PP) e Valdir Raupp (PMDB) são acusados pelos delatores de receber propinas das empresas.

Até o senador Romero Jucá (PMDB-RR) teria sido agraciado com propina de R$ 10 milhões para proteger o grupo Odebrecht de ataques.

Odebrecht e Gutierrez se comprometaram a pagar propina de até R$ 20 milhões nessa obra.

Leia a reportagem especial do G1.

 

Foto: Reprodução/site Andrade Gutierrez