Folha mostra tamanho do Amazonas no controle do clima no mundo
Colunista da Folha de S.Paulo defende que ações do Governo do Amazonas em áreas de conservação, em prol do clima, devem ser recompensadas pelos mais ricos.

Publicado em: 19/12/2019 às 12:30 | Atualizado em: 19/12/2019 às 12:50
Neuton Corrêa, da Redação
A coluna “Tendências/Debates”, do jornal Folha de S.Paulo, dedica espaço, em sua editoria de Opinião, nesta quinta-feira, dia 19, para mostrar a dimensão geográfica do estado do Amazonas e sua importância ambiental para o mundo.
“O Amazonas conserva, hoje, praticamente 38% da Amazônia brasileira, com 97% de cobertura vegetal nativa! Dessa área, 57% estão protegidos em unidades de conservação e terras indígenas. O restante, se fosse desmatado, emitiria cerca de 37 bilhões de toneladas de CO2, semelhante a 30 anos de emissões em todo o território nacional pelo uso da terra e desmatamento, entre 1990 e 2010″, diz uma parte do texto.
O artigo é assinado por Ana Cristina Barros, membro do Comitê de Sustentabilidade da JBS e do Comitê Independente de Assessoramento Extraordinário para Reparação de Brumadinho, da Vale; consultora da Fundação Amazonas Sustentável (FAS) e colaboradora do Climate Policy Initiative (CPI-PUC Rio), e por Braulio Dias, professor de ecologia da UnB, ex-secretário-executivo da Convenção da ONU sobre Diversidade Biológica e membro dos comitês de aconselhamento da Fundação Amazonas Sustentável e do Future Earth, programa global de pesquisa sobre sustentabilidade.
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Os dois destacam ações desenvolvidas pelo governo de Wilson Lima (PSC) em áreas de conservação e finalizam pedindo apoio do estado mais rico do país, São Paulo, e cobrando a fatura pelos serviços ambientais realizados pelo Amazonas.
“Nacionalmente está consolidado o entendimento de que beneficiários das florestas do Amazonas, como São Paulo e o agronegócio, têm a sua ‘conta a pagar’. Poderiam fazê-lo apoiando o Governo do Amazonas na conservação da maior parte das suas florestas públicas ainda não protegidas por unidades de conservação e terras indígenas, cerca de 60 milhões de hectares”, dizem os autores.
Foto: Diego Péres/Secom