Passaredo vai anunciar medidas para combater o apagão aéreo no AM

Diante da pressão da bancada parlamentar do Amazonas, o presidente da empresa Passaredo, que comprou a MAP, José Luiz Felício Filho, deve anunciar nesta terça-feira, dia 3, em audiência na Comissão de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia (Cindra) da Câmara dos Deputados, uma série de medidas para combater o apagão aéreo nos voos para o interior do Amazonas.

O presidente da Cindra, Átila Lins (PP), diz que entre as medidas estão a viabilização e implantação da Estação Meteórica de Superfície, que viabilizará o retorno dos voos para Coari e Eirunepé, este último município não possui sequer um voo semanal e a viagem de barco para a capital dura até 15 dias.

Ele também antecipou que haverá retorno dos voos para Lábrea e Carauari, já no próximo domingo, dia 8.

Para Carauari, que era servido com dois voos, terá o outro voo na quinta-feira, dia 12

Parintins, acrescentou Átila, voltou a ter voos diários, a exceção de segunda-feira.

São Gabriel também voltou a ter seus voos na quarta e no sábado.

Além disso, segundo Átila Lins, quando encerrarem as reformas no aeroporto Eduardo Gomes, os voos para Parintins serão diários.

“Há também perspectiva de que Eirunepé passará a ter abastecimento para voar direto para Manaus, sem precisar de escala técnica em Tefé. Barcelos depende de um estudo sobre a pista e Tefé, que funciona mais como escala, vai voltar nos próximos dias”, antecipou Átila Lins.

Na semana passada, o presidente da Anac descartou uma desativação dos voos para o interior amazonense por parte da empresa Passaredo, que comprou a MAP Linhas Aéreas, em agosto deste ano.

Segundo ele, tratava-se de problema técnico de “um aparelho que atendia outra região e teve que ser substituído por uma aeronave que operava no Amazonas”.

Lembrou na ocasião que voos para Parintins e São Gabriel da Cachoeira já haviam sido restabelecidos.

Audiência

O requerimento para a realização da audiência foi subscrito pelos oito deputados federais do Amazonas convocando a Anac, representantes de empresas aéreas, do estado e dos municípios do interior.

“É gravíssimo que dezenas de municípios do Amazonas sem ligação rodoviária com a capital fiquem isolados, com efeitos no transporte de doentes e na economia dos municípios por conta de uma série decisões estranhas da Anac, como a cassação do registro da MAP Linhas Aéreas e da interdição de aeródromos que não tinham instrumentos de controle meteorológico”, disse o deputado Marcelo Ramos (PL).

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