Estresse potencializa disfunção erétil e infertilidade, alerta especialista

Estresse

Aguinaldo Rodrigues

Publicado em: 10/10/2019 às 10:58 | Atualizado em: 10/10/2019 às 10:58

Considerado fator de risco para várias alterações físicas, o estresse psicológico também contribui para a redução na produção da testosterona, principal hormônio masculino.

A combinação pode levar, entre outros problemas de saúde, à disfunção erétil, redução da libido, da fertilidade, depressão e ainda potencializa os riscos de diabetes, afirmou o cirurgião urologista Giuseppe Figliuolo.

Responsável pelos tecidos reprodutores masculinos, como próstata e testículo, a testosterona também tem papel fundamental nas mudanças que ocorrem em indivíduos do sexo masculino na transição da infância para a adolescência, como o engrossamento da voz, crescimento de pelos, e outras.

Figliuolo disse que a diminuição na produção do hormônio é mais comum em homens a partir dos 40 anos, mas pode ocorrer em pessoas mais jovens.

Há alguns anos, segundo ele, acreditava-se que o baixo nível da testosterona estava relacionado apenas a questões físicas, como o aparecimento de tumores testiculares, traumas na bolsa escrotal, problemas endócrinos (como tumores na hipófise, uma glândula localizada no cérebro), falência dos testículos, entre outros.

“Com o passar dos anos e o avanço nas pesquisas foi possível analisar a baixa produção da testosterona através de outros aspectos. Muita gente sabe que o estresse pode ocasionar impotência sexual. A correria do dia a dia, os problemas familiares, financeiros, de saúde, entre outros, podem desencadear um quadro mais grave. O estresse é uma reação do organismo para algo que não está nos conformes e isso precisa de tratamento”, afirmou.

Segundo o especialista, a indicação, nessas situações, é que haja um acompanhamento multidisciplinar envolvendo psicólogo, urologista e, em alguns casos, um endocrinologista.

“Isso porque a queda na testosterona pode resultar em outros sintomas, como perda de massa muscular, aumento de gordura no corpo, perda de força e também de massa óssea. O importante é passar por uma avaliação preliminar que inclua, inicialmente, exames de sangue e a medição dos níveis de testosterona, que também pode ser feita através da análise da saliva”.

 

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Estresse e qualidade de vida

O médico alerta, ainda, para o comprometimento da qualidade de vida do indivíduo que apresentar deficiência nos níveis do hormônio.

“Com a redução dos níveis hormonais, o rendimento também é comprometido. Sono durante o trabalho, cansaço, entre outros, são características comuns ao quadro. Os tratamentos são variados e podem incluir a terapia de reposição hormonal, caso haja necessidade. Cada caso é analisado de forma muito individual”.

Fonte: Ana Carolina Barbosa, assessora de imprensa

 

Foto: Divulgação