Caminho de Henrique é o do ostracismo

Aguinaldo Rodrigues
Publicado em: 04/10/2016 às 13:44 | Atualizado em: 29/12/2016 às 20:43
Diferentemente do que aconteceu com o resultado das eleições à Prefeitura de Manaus de 2012, quando conquistou o terceiro lugar do pleito com 156.648 votos, o que lhe cacifou a se tornar vice-governador em 2014, este ano tudo indica que o caminho que lhe resta é o do ostracismo.
Com 931% votos a menos do que conquistou naquela eleição, da qual saiu fortemente assediado pelo cacicado regional, em 2016, com apenas 16.825 (1,6% do eleitorado), ele ainda não foi procurado por nenhum dos candidatos, Marcelo Ramos (PR) e Arthur Neto (PSDB), que passaram para o segundo turno.
A falta de interesse das candidaturas por ele não tem só a ver com os números. A performance de Henrique na campanha e o discurso que adotou como atirador a esmo fazem com que as duas campanhas o mantenham a distância.
Henrique atacou Marcelo no primeiro debate televisivo e, no último, da TV Amazonas, focou no prefeito Arthur Neto para listar promessas feitas em 2012 e não realizadas pelo tucano, após vencer as eleições.
A situação dele também tornou-se pouco confortável em seu grupo político depois que negou ligação com o governador José Melo (Pros), do qual é vice-governador, e não defendeu o governo do qual pertence nos momentos em que a gestão foi atacada.
A hipótese de Henrique vir a assumir o Governo do Estado em 2018, que já era remota, tornou-se agora algo impossível.
Essa possibilidade era cogitada levando-se em conta que José Melo não resistiria à vontade de permanecer no poder, deixando o cargo para se candidatar ao Senado, fato que poderia fazer de Henrique o titular do cargo.
Agora, com o fato de ter negado o seu grupo, seus ex-aliados já não têm dúvida de que, no posto, ele se candidataria à reeleição e complicaria os planos do senador Omar Aziz (PSD) de voltar ao Executivo estadual.
Foto: BNC