Seis senadores são investigados com mais rigor na fraude do voto

Seis senadores

Publicado em: 14/02/2019 às 12:22 | Atualizado em: 14/02/2019 às 12:22

O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), não deu nomes, mas confirmou que as imagens das câmeras de seis senadores estão sendo avaliadas com mais atenção porque não estão bem claras.

Há a possibilidade até de contratação de peritos externos para ajudar na avaliação das imagens. Três servidores do Senado já foram deslocados para a investigação.

Ele se referiu nesta quarta, dia 13, às investigações sobre o voto a mais que apareceu na urna da eleição para a presidência da casa, no último dia 2. Essa votação foi anulada pela presidência da mesa, comandada por senadores do MDB.

A apuração da fraude está sendo comandada pelo corregedor do Senado.

Alcolumbre fez questão de dizer que esses seis senadores não são, neste momento, considerados suspeitos de qualquer ato doloso.

 

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Entenda o caso

No dia 2 de fevereiro, os senadores se reuniram para escolher o novo presidente da casa. A decisão deveria ter sido tomada na véspera, mas um impasse acerca do procedimento de votação — aberto ou secreto — fez a sessão ser adiada.

A votação foi feita por meio de cédulas individuais depositadas numa urna. Na apuração, porém, foram contabilizados 82 votos, um a mais do que o número total de senadores. Duas das cédulas não estavam dentro de envelopes.

Ambos foram rasgados pelo presidente da sessão, mas antes um cinegrafista registrou que os dois votos eram para o candidato do MDB, Renan Calheiros (AL).

A mesa dos trabalhos da eleição era dirigida por senadores do MDB, José Maranhão (MA) e Fernando Bezerra (PE).

Por consenso, os parlamentares decidiram anular os votos do primeiro escrutínio e fazer nova votação. Davi Alcolumbre saiu vitorioso do segundo pleito, com 42 votos.

No mesmo dia, senadores passaram a cobrar uma investigação do fato. O presidente encaminhou o caso ao corregedor na quarta-feira após a eleição, dia 6.

Fonte: Agência Senado

 

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado