Novas delações da Friboi fazem de Aécio “cachorro morto na política”

Publicado em: 21/04/2018 às 11:18 | Atualizado em: 21/04/2018 às 11:18
Na semana em que o senador Aécio Neves (PSDB-MG) se tornou réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por corrupção passiva e obstrução da Justiça, novos depoimentos de delatores do grupo J&F/Friboi e da empreiteira Andrade Gutierrez ampliaram denúncias contra ele.
Aécio, alvo de uma ação penal e oito inquéritos na corte, foi também acusado de pressionar o ex-ministro da Justiça Osmar Serraglio a nomear um delegado da Polícia Federal de sua preferência.
Os fatos aumentaram o desgaste do senador mineiro no PSDB e a pressão para que ele fique afastado do processo eleitoral deste ano. No ninho tucano, ele já é visto como alguém que “politicamente, acabou”.
Um parlamentar do PSDB disse confidencialmente ao site BR18 que Aécio está naquele estado de “chutar cachorro morto”.
Em Minas, ninguém quer ver o senador como má companhia do senador Antônio Anastasia ao governo.
Bolo dividido
Ele teria recebido R$ 110 milhões do empresário Joesley Batista/Friboi para a campanha presidencial de 2014, além de uma mesada de R$ 50 mil/mês de 2015 a 2017. Há provas materiais, disse o delator. PTB, Solidariedade e políticos apoiadores de Aécio teriam ficado com parte desse dinheiro.
Foto: Agência Brasil