E. Bolsonaro acusa Moraes e PF pelo assalto: ‘Vocês vão se f*’

Filho de Bolsonaro pede ainda que a polícia do Rio mate os assaltantes

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 25/08/2025 às 08:14 | Atualizado em: 25/08/2025 às 08:14

O ainda deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) reagiu com fúria ao assalto ocorrido no último domingo (24 de agosto) na casa de sua mãe e de seus avós, em Resende (RJ). 

Segundo ele, os criminosos buscavam “o dinheiro que o Bolsonaro mandava para os avós”.

Em vídeo e publicações nas redes sociais, Eduardo partiu para ataques diretos ao ministro do STF Alexandre de Moraes e à Polícia Federal. Entre as declarações mais inflamadas, disse:

“Quem que me garante que não foram vocês que vazaram pra esses criminosos entrarem na casa dos meus avós?”.

Chamando agentes de “cachorrinhos da Polícia Federal”, afirmou:

“Se depender de mim, eu vou atrás de vocês”.

Também atacou Moraes com ofensas pessoais e relacionou o ministro ao bloqueio de suas contas:

“O filho da p* do Alexandre de Moraes congelou a minha conta e a da minha mulher… vocês vão se f*”.

Por fim, fez um apelo violento às forças de segurança do Rio:

“Espero que a Polícia Civil e a Polícia Militar peguem esses criminosos, se possível, cravejados de balas, para que não haja suspeita de voltar a invadir a casa de idosos”.

Leia mais

Bolsonaro escondeu, mas PF achou 7 revelações bombásticas no celular

Repercussão

As falas provocaram reações imediatas em Brasília e nas corporações:

Polícia Federal: o diretor-geral da PF afirmou que “nenhum investigado intimidará a PF” e anunciou que as declarações serão incluídas no inquérito sobre obstrução de justiça e coação no curso do processo.

STF: integrantes próximos a Alexandre de Moraes classificaram as acusações como “levianas” e “ataque institucional” contra o Supremo.

Conselho de Ética: o presidente do colegiado, deputado Fabio Schiochet (União-SC), disse “não ver quebra de decoro parlamentar nas falas”, apesar de Eduardo já responder a quatro representações pedindo cassação.

Oposição: parlamentares de partidos de esquerda afirmaram que o caso reforça a necessidade de avançar com os pedidos de cassação e de responsabilização criminal.

Base bolsonarista: líderes aliados trataram o episódio como mais uma prova de “perseguição política” contra a família Bolsonaro, usando as redes sociais para mobilizar apoiadores.

Foto: Paola de Orte/Agência Brasil