Amazonas pede crédito extra a Lula para prevenir efeitos da estiagem

Estado antecipa ações para atender mais de 545 mil famílias ribeirinhas e indígenas.

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 19/08/2025 às 19:50 | Atualizado em: 19/08/2025 às 19:50

O Governo do Amazonas pediu nesta terça-feira (19 de agosto) ao Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome a liberação de crédito extraordinário para reforçar o combate à insegurança alimentar, prevista com a estiagem que pode atingir mais de 545 mil famílias em comunidades isoladas do estado.

O pedido foi apresentado ao ministro Wellington Dias pelo secretário da Defesa Civil, Francisco Máximo, pela titular da Secretaria de Assistência Social (Seas), Kely Patrícia, e pelo diretor-presidente da Agência Amazonense de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental (Aadesam), Breno Penha.

Segundo Máximo, a prioridade é garantir antecipadamente comida, água potável e apoio a povos ribeirinhos e indígenas que poderão ficar isolados.

O recurso permitirá ampliar a entrega de cestas básicas, água, gás e kits de higiene, especialmente em comunidades indígenas e quilombolas em maior risco.

Além do crédito, o estado também pediu medidas especiais no Bolsa-Família, como pagamento imediato sem escalonamento, saque sem cartão ou documento e suspensão de bloqueios por falta de atualização cadastral.

Apesar de a previsão indicar uma estiagem de intensidade leve a moderada, resultado da recuperação dos rios após a cheia deste ano, o governo estima que entre 20 e 30 municípios serão afetados, principalmente nas calhas dos rios Purus, Madeira e Juruá.

As ações preventivas incluem envio de purificadores de água, instalação de estações móveis de tratamento, distribuição de ajuda humanitária e monitoramento em tempo real dos rios.

Durante a reunião, também foi tratada a certificação da Aadesam como entidade beneficente de assistência social, processo que permitirá isenções fiscais e ampliará o alcance das ações sociais no estado.

Leia mais

Foto: André Oliveira/ministério