Pix já gerou uma poupança acumulada de R$ 106,7 bilhões
Desde 2020, também se tornou um poderoso motor de economia para empresas e consumidores

Publicado em: 14/08/2025 às 17:32 | Atualizado em: 14/08/2025 às 17:37
Desde a sua criação pelo Banco Central do Brasil, em 2020, o Pix não apenas revolucionou a forma como brasileiros realizam pagamentos, mas também se tornou um poderoso motor de economia para empresas e consumidores.
Segundo levantamento do Movimento Brasil Competitivo (MBC), a ferramenta já gerou uma poupança acumulada de R$ 106,7 bilhões até junho de 2025, valor que reflete a substituição de métodos de pagamento mais caros, como TEDs e cartões de débito, por transações instantâneas e sem tarifas para pessoas físicas, microempreendedores e empresários individuais.
Somente no primeiro semestre de 2025, a economia foi de R$ 18,9 bilhões — montante superior aos R$ 15,3 bilhões registrados no mesmo período de 2024 e quase quatro vezes maior do que os R$ 4,9 bilhões do primeiro semestre de 2021.
Entre 2021 e 2024, o Brasil praticamente triplicou o valor economizado, saltando de R$ 11,9 bilhões para cerca de R$ 33 bilhões anuais.
Para o economista do MBC, Rodolpho Tobler, a tendência é de crescimento acelerado. “A gente estava estimando até 2030, mas acho que isso vai acontecer antes. Já nos próximos anos é possível economizar na casa dos R$ 40 bilhões, isso em valores disponíveis e que seriam gastos com taxas”, afirmou em entrevista ao Valor.
O estudo considera principalmente dois fatores: a substituição das TEDs e o aumento das transações de pessoas físicas para empresas no lugar do uso de cartões de débito.
A metodologia compara o custo médio dessas operações tradicionais com o valor efetivamente pago via Pix e calcula a diferença, representando o ganho real para a população.
Além de baratear as transações, o sistema também contribui para formalizar pequenos negócios, ampliar o acesso bancário e reduzir a circulação de dinheiro vivo, gerando efeitos positivos para a economia como um todo.
Apesar dos benefícios, o Pix também tem sido alvo de críticas externas. Recentemente, após o anúncio de tarifas adicionais contra o Brasil, o governo de Donald Trump, nos Estados Unidos, abriu investigação sobre práticas comerciais brasileiras e mirou o Pix — tecnologia 100% nacional que hoje serve de exemplo para o mundo.
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Para Tobler, esses ataques são injustificáveis e não diminuem o mérito de uma inovação que colocou o país na vanguarda dos pagamentos instantâneos globais.
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