Deputado denuncia taxas abusivas de armadores do Amazonas
Pauderney Avelino diz que operadores de cargas da ZFM cobram adicionais de frete de R$ 10 mil por contêiner

Publicado em: 14/08/2025 às 15:38 | Atualizado em: 14/08/2025 às 15:38
O deputado federal Pauderney Avelino (União Brasil-AM) repudiou a chamada “taxa de pouca água”, cobrada por armadores internacionais que operam o transporte de contêineres na Zona Franca de Manaus (ZFM).
Esses valores, de acordo com o parlamentar amazonense, chegam a US$ 1.980,00 por contêiner, o equivalente a R$ 10.672,20. Um valor absurdo, segundo o deputado.
“Essa taxa adicional está sendo cobrada por esses armadores internacionais para levar um contêiner da China até Manaus. Isso, em cima de um imposto já pago de US$ 5.500 dólares, o equivalente a mais de R$ 30 mil reais. Portanto, essa cobrança torna inviável o custo do transporte marítimo para a nossa Zona Franca de Manaus”.
Da tribuna da Câmara, Avelino denunciou o que chamou de exploração, já que qualquer aumento tarifário deve ser respaldado por comprovação técnica e estudos hidrológicos.
“Cobrar acréscimos sob a justificativa de pouca água, mesmo durante a cheia, é oportunismo econômico. Esse adicional é abusivo neste ano porque, ao contrário dos anos anteriores, tem água de sobra”.
Providências
O parlamentar informou que acionará os meios legais, junto com a Associação Comercial, federação e centro das Indústrias do Amazonas (Fieam e Cieam) contra o “escárnio”, que penaliza diretamente a população, empresas locais, produtores e toda a cadeia produtiva na Amazônia.
“Vamos chamar o empresariado, o Ministério da Indústria e Comércio e o Ministério Público buscando providências contra essa abusiva taxa de pouca água. E fazem isso porque o Amazonas e Roraima são os únicos estados que não tem ligação terrestre com o restante do Brasil”.
BR-319
Conforme o deputado, a falta de pavimentação da BR-319 deixa a população e economia dependentes do transporte fluvial.
“Precisamos urgentemente da pavimentação desta rodovia por isso vamos trabalhar pela derrubada do veto do dispositivo que simplifica o licenciamento ambiental da estrada, pelo bem da economia do Amazonas e pelo bem dos amazonenses”.
Foto: Divulgação