“Constituição de 1988 deu fim ao golpismo”, diz Moraes
Ministro alertou para o avanço do populismo extremista e defendeu reformas políticas

Da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 11/08/2025 às 14:12 | Atualizado em: 11/08/2025 às 14:15
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, afirmou nesta segunda-feira (11 de agosto), que a Constituição Federal de 1988 representou um “basta à possibilidade de golpismo” no Brasil e à “intromissão de forças armadas, sejam oficiais ou paraoficiais, na política brasileira”.
A afirmação foi feita durante um evento jurídico promovido pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP).
Segundo Moraes, o fortalecimento do Judiciário ocorreu porque o Legislativo, por si só, não conseguia exercer controle sobre o Executivo antes de 1988.
“A partir de 1988, o Judiciário recebeu independência e autonomia e seus membros obtiveram plena independência de julgar de acordo com a Constituição, com legislação, sem pressões internas, externas ou qualquer tipo de pressão”.
O ministro mencionou que, apesar dos progressos, o período pós-1988 não foi simples.
Ele destacou a tentativa de golpe ocorrida em 8 de janeiro de 2023, afirmando que as instituições atuaram de acordo com a Constituição.
Ele também fez um alerta sobre o surgimento do novo populismo extremista, que, segundo o ministro, aumentou em razão da incapacidade da democracia em resolver a desigualdade de renda.
“E é nesse discurso que esse extremismo vem atuando. Não que tenham propostas pra melhorar, mas, na verdade, a crítica pela crítica e a crítica encontrou um terreno fértil pra florescer”.
Para enfrentar essa visão, Moraes defendeu alterações no sistema jurídico e, em particular, no sistema político-eleitoral, com o objetivo de aumentar a representatividade entre as pessoas e reduzir o espaço que favorece o extremismo.
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Foto: Fellipe Sampaio/SCO/STF