O que aconteceu 30 horas antes de Moraes mandar Bolsonaro à prisão?

Veja o que ocorreu em ligações, fotos e posts nas redes sociais

Bolsonaro: 'flagrantes confissões da prática dos atos criminosos', diz Moraes

Da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 10/08/2025 às 18:53 | Atualizado em: 10/08/2025 às 18:53

Nas 30 horas que anteciparam a decisão do ministro Alexandre de Moraes de prender Jair Bolsonaro em prisão domiciliar, o ex-presidente e seus aliados intensificaram ações que violaram medidas cautelares, incluindo videochamadas em protestos e postagens nas redes sociais, que foram interpretadas como tentativas de intimidar o STF.

No sábado (2 de agosto), a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, participou por videochamada de evento do PL Mulher em Marabá (PA), demonstrando apoio ao marido e rejeitando ir à manifestação na Avenida Paulista.

No domingo (3 de agosto), Eduardo Bolsonaro discursou em telão em Belo Horizonte, afirmando que, se estivesse no Brasil, já estaria preso, e mencionou apoio internacional contra Moraes.

Pouco depois, Nikolas Ferreira exibiu Bolsonaro em videochamada para manifestantes, desafiando a proibição de comunicação.

No mesmo dia, em Copacabana, Flávio Bolsonaro também fez uma ligação por vídeo com o pai, que agradeceu aos manifestantes e declarou apoio à causa. O senador apagou o vídeo após a publicação, mas Moraes destacou o ato como tentativa de coagir o STF.

Na Avenida Paulista, Eduardo Bolsonaro e Nikolas Ferreira fizeram novas videochamadas com Bolsonaro, que foram usadas para incentivar protestos contra o ministro do STF.

Carlos Bolsonaro postou nas redes sociais pedindo que usuários seguissem a conta do pai, desrespeitando restrições impostas.

Apesar das advertências e ameaças de baixa adesão, as manifestações no domingo reuniram cerca de 37,6 mil pessoas, com manifestações de apoio ao presidente Donald Trump.

Na segunda-feira (4 de agosto), Flávio Bolsonaro comentou sobre a ausência de governadores de direita nos atos, chamando o fato de “erro estratégico”.

Ainda na segunda-feira, Moraes decretou a prisão domiciliar de Jair Bolsonaro, fundamentando-se nos episódios e mensagens das 30 horas anteriores como o estopim para a decisão.

Com informações de ICL Notícias.

Foto: Divulgação