Entidade inclui Manaus entre lixões com risco de desastre ambiental
Além de Manaus, A Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) alertou que os lixões de outras duas capitais representam alto risco

Publicado em: 11/07/2025 às 21:38 | Atualizado em: 11/07/2025 às 21:39
A Associação Brasileira de Resíduos e Meio Ambiente (Abrema) alertou que os lixões das capitais Manaus (AM), Goiânia (GO) e Teresina (PI) representam alto risco de desastre ambiental, semelhante ao ocorrido em Padre Bernardo (GO) em junho deste ano.
Segundo o presidente da entidade, Pedro Maranhão, essas cidades precisam transferir urgentemente seus resíduos sólidos para aterros sanitários adequados.
O alerta surge após o colapso do aterro privado Ouro Verde, em Padre Bernardo, que liberou 40 mil m³ de resíduos e chorume em uma área de preservação ambiental.
A Justiça interditou o local, e as consequências ambientais seguem sendo avaliadas.
Pedro Maranhão critica o uso do termo “aterro controlado” em locais que não atendem aos critérios técnicos de um aterro sanitário, como tratamento de chorume, captação de gases e impermeabilização do solo.
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Em Goiânia, um relatório do governo estadual identificou 12 falhas graves no Aterro Sanitário Municipal, que opera sem licença ambiental e está sob decisão judicial para fechamento gradual.
Em Teresina, o Ministério Público, o TCE-PI e o MPT pediram o encerramento das atividades no lixão após a morte de um menino de 12 anos no local. A prefeitura deve passar a enviar os resíduos a aterros privados.
Manaus também enfrenta problemas semelhantes. Apesar da previsão de um novo Centro de Tratamento e Transformação de Resíduos (CTTR), que promete aproveitar os gases do efeito estufa, a cidade ainda destina de 2 a 3 mil toneladas de lixo por dia a estruturas consideradas inadequadas.
A Abrema defende mais conscientização da sociedade e ação do Judiciário contra a manutenção de lixões, que além de impactos ambientais, geram graves problemas sociais e de saúde pública.
Com informações da Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil