Pauderney quer explicações do Banco Central sobre compra do banco Master pelo BRB
Deputado amazonense fez convite ao presidente do Banco Central para fazer os esclarecimentos na Comissão de Finanças e Tributação

Ednilson Maciel
Publicado em: 25/06/2025 às 16:38 | Atualizado em: 25/06/2025 às 16:38
O deputado federal Pauderney Avelino, (União-AM) protocolou, junto à Comissão de Finanças e Tributação, requerimento de convite ao presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo. Objetivo é prestar esclarecimentos acerca da provável compra do banco Master pelo BRB, banco estatal de Brasília.
“Tata-se de banco estadual, estatal, comprando parte relevante de um banco privado, que há tempos vem tendo seu modelo de negócios e sua reputação postos em dúvida. Ainda, o banco estatal é menor que o banco privado objeto da oferta de compra”, avalia Pauderney.
A compra da maior parte do Master pelo BRB precisa do aval do Banco Central, que na opinião do deputado, tem, ainda, outro ingrediente, no mínimo, pouco usual.
“A estrutura da operação de compra de participação no Master é pouco usual, pois, prevê que seu acionista controlador, Daniel Vorcaro, permaneceria no controle do negócio, ou seja, o BRB sequer deteria o controle do Master, mesmo pagando algo próximo a R$ 2 bilhões por parcela do banco”,
diz Pauderney.
Agressivo e polêmico
O BRB é controlado pelo Governo do DF e pelo Instituto de Previdência dos Servidores do GDF. O GDF tem 65,6% do capital total e o Iprev/DF 15%. Juntos, têm mais de 80% de recursos públicos no negócio e isso, para Avelino, exige que a Câmara tenha acesso aos detalhes envolvidos.

“O Master tem um modelo de negócios muito agressivo e polêmico. O receio é que, ao contrário do que se deseja com a transação, arrastar o BRB para uma situação de insolvência”, afirma Pauderney. O deputado suspeita de provável influência política na operação.
Fotos: divulgação