China impulsiona Zona Franca de Manaus e economia verde

Tecnologia chinesa ajuda a Zona Franca de Manaus a bater recorde histórico de receita e se destacar como modelo de economia verde em 2024, diz Agência Brasil China.

Iram Alfaia, do BNC Amazonas em Brasília

Publicado em: 17/06/2025 às 18:05 | Atualizado em: 17/06/2025 às 18:07

A Agência Brasil China divulgou que a tecnologia chinesa tem ajudado a Zona Franca de Manaus (ZFM) a bater recorde de faturamento e impulsionar a economia verde. A publicação cita que, em 2024, o modelo obteve a maior receita de sua história, em grande parte, pela presença das empresas chinesas.

A agência diz que as empresas chinesas no Polo Industrial da ZFM vêm reforçando o desenvolvimento sustentável da região com inovação e investimento direto.

Destaca-se o papel desempenhado pela fábrica da gigante chinesa Gree, que colocou Manaus como segundo maior polo mundial na fabricação de ar-condicionado, atrás apenas da China.

A Gree opera com seis linhas de montagem e capacidade de produção de dois milhões de aparelhos de ar-condicionado por ano.

De acordo com a agência, a empresa chegou ao Brasil nos anos 1990 e se destacou não apenas pela escala produtiva, mas também pelo compromisso ambiental: todos os produtos utilizam gás refrigerante ecológico, com zero impacto na camada de ozônio.

Para Xu Yunxing, diretor de produção da Gree Brasil, essa combinação de tecnologia e sustentabilidade é essencial.

Outro exemplo citado foi a chegada recente da OPPO, fabricante chinesa de smartphones.

“Em apenas seis meses, a empresa implantou sua operação na Zona Franca e começou a produzir celulares com alto padrão tecnológico. As placas-mãe são montadas em ambientes altamente automatizados, com testes rigorosos e processos de precisão, seguindo o modelo chinês de excelência industrial”, diz a agência.

Ma Baoyu, responsável técnico pela operação, destaca que todos os equipamentos de teste foram importados diretamente da China, e que a expertise asiática tem sido compartilhada com os trabalhadores locais.

“É uma transferência de conhecimento que fortalece o Brasil em longo prazo”, afirmou.

Suframa

O veículo entrevistou Bosco Saraiva, superintendente da Suframa, para quem a cooperação entre Brasil e China na Zona Franca de Manaus representa mais do que um bom negócio: é uma aposta na indústria como aliada da floresta.

Ele diz que num mundo onde o combate às mudanças climáticas exige soluções inovadoras, o modelo amazonense ganha força como alternativa concreta de desenvolvimento verde.

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“Queremos continuar ampliando essa parceria, trazer mais tecnologia da China e gerar empregos de qualidade para a região. O futuro da Amazônia passa pela inovação e pela indústria sustentável”, considerou Saraiva.

Foto: divulgação