Indígena mixteco é eleito novo presidente da Suprema Corte do México
Hugo Aguilar quer aproximar a Justiça das populações indígenas e afrodescendentes.

Adrissia Pinheiro
Publicado em: 08/06/2025 às 09:28 | Atualizado em: 08/06/2025 às 09:28
A eleição judicial no México marcou um momento decisivo. No domingo (2), o povo escolheu integrantes do Judiciário federal e local, sem campanhas partidárias. O destaque foi Hugo Aguilar, advogado indígena mixteco de Oaxaca, eleito presidente da Suprema Corte de Justiça da Nação (SCJN) com mais de 6 milhões de votos.
Em campanha, ele prometeu “levar as contribuições do México profundo ao máximo tribunal”. Tem 35 anos de atuação pelos direitos de indígenas e afrodescendentes.
Ao Pie de Página, disse: “Os povos propuseram que é hora de entrar na Corte, ocupar um espaço e nutrir o debate nacional com o pensamento e a visão dos povos”.
Crítico do Judiciário atual, Aguilar afirma que especialistas do direito “servem aos poderes fáticos e aos interesses econômicos” e são “um verdadeiro fardo para o país”.
A filósofa Diana Fuentes destacou que o processo revelou “novas regras do jogo” no Judiciário, com participação cidadã e sem partidos ou financiamento público.
Foram eleitos 881 cargos federais e 1.800 locais. Pela primeira vez, nove ministros (cinco mulheres) irão compor a SCJN, dedicada a resolver disputas constitucionais.
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