Enchente em Coari faz prefeitura decretar situação de emergência

Prefeito Adail Pinheiro toma ações imediatas para mitigar os impactos da cheia na zona urbana e 93 comunidades rurais.

Ednilson Maciel, da Redação do BNC Amazonas

Publicado em: 03/06/2025 às 11:13 | Atualizado em: 03/06/2025 às 13:14

A Prefeitura de Coari decretou situação de emergência por 180 dias devido às inundações que afetam o município. A medida foi oficializada nesta segunda-feira (2), por meio do Decreto Municipal nº 1.194/2025, assinado pelo prefeito Adail Pinheiro.

A ação ocorreu após a elevação dos níveis dos rios e lagos de Coari, que até o momento causou alagamentos em diversos bairros da área urbana e em 93 comunidades da zona rural.

Durante o anúncio, o prefeito destacou a gravidade do cenário e as primeiras ações emergenciais.

“Já estamos providenciando a aquisição dos kits humanitários para atender as comunidades da zona rural e socorrer as famílias que perderam tudo o que produziram. A situação é delicada, pois já começa a faltar o básico para a sobrevivência dessas pessoas”, afirmou o prefeito.

Adail Pinheiro também revelou que o município utilizará recursos próprios para agir imediatamente.

“Graças a Deus, contamos com uma reserva financeira que nos permite agir rápido. Além disso, vamos buscar apoio do governo estadual, federal e parlamentares para ampliar a assistência e amenizar o sofrimento da população”, completou.

Enchente severa

A cheia do Rio Solimões, em 2025, já alcançou 16,59 metros na estação de Itapéua. Assim como no Lago de Coari, que chegou a 16,61 metros e está entre as mais severas dos últimos anos.

As fortes chuvas provocaram transbordamentos, afetando centenas de famílias e gerando prejuízos nos setores de saúde, habitação, produção rural e educação.

O decreto se situação de emergência autoriza a mobilização de todos os órgãos municipais, sob coordenação da Secretaria Municipal de Defesa Social e do Departamento de Proteção e Defesa Civil.

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Ações emergenciais

Desse modo, esses órgãos vão fazer a execução de ações emergenciais de assistência, socorro e reconstrução. O decreto também prevê a convocação de voluntários, campanhas de arrecadação e, quando necessário, desapropriações em áreas de risco.

Além disso, a medida permite a contratação emergencial de bens e serviços com dispensa de licitação, garantindo mais agilidade na resposta ao desastre.

Por fim, como parte do compromisso com a proteção da população e a mitigação dos danos sociais e econômicos provocados pela cheia, equipes da Defesa Civil seguem em campo, realizando vistorias, monitorando os níveis dos rios e prestando atendimento às comunidades afetadas.

Fotos: divulgação