Renda do amazonense cresce 18,8% em dois anos e é recorde
De acordo com o IBGE/Pnad Contínua, rendimento per capita no Amazonas foi de R$ 1.231 no ano passado

Antônio Paulo, do BNC Amazonas em Brasília
Publicado em: 22/05/2025 às 20:36 | Atualizado em: 22/05/2025 às 20:36
O Amazonas foi uma das unidades da federação que alcançaram recorde histórico, em 2024, no rendimento mensal per capita.
De acordo com dados da pesquisa Pnad Contínua, do IBGE, no ano passado, a rendas dos amazonenses chegou a R$ 1.231. Isso representa alta de 18,8% em relação a 2022, quando era de R$ 1.036 a preços de hoje.
Já o rendimento mensal domiciliar per capita no Brasil chegou, em 2024, ao maior valor da série histórica iniciada em 2012: R$ 2.020. A alta foi de 16,8% acima da inflação em relação a 2022, quando era de R$ 1.730 a preços de hoje.
Todas as unidades da federação tiveram incremento real no período 2022-2024, e em 19 delas houve recorde. As informações são do módulo anual Pnad Contínua: Rendimento de Todas as Fontes, divulgado no último dia 8 de maio pelo IBGE.
Mas, no caso do Amazonas, segundo análises a partir dos dados do IBGE, os motivos do recorde histórico da renda per capita da população amazonense se deu por alguns fatores econômicos e sociais, tais como:
• Recuperação pós-pandemia trouxe uma retomada econômica de diversos setores, especialmente no comércio, indústria e serviços, com reabertura de postos de trabalho, emprego e renda;
• Desempenho da Zona Franca de Manaus. Em 2024, por exemplo, o Amazonas registrou recordes na produção especialmente nos setores de eletroeletrônicos, motocicletas e bens de consumo duráveis;
• Mercado de trabalho e empregos formais, no Amazonas, encerrou 2024 com saldo positivo de mais de 36,7 mil empregos formais, totalizando mais de 553 mil pessoas com carteira assinada – 7,1% em relação a 2023. Além disso, a taxa de desocupação no estado foi de 8,4%, uma das menores do país.
• Programas sociais e transferências de renda. No ano passado, o governo federal transferiu aproximadamente R$ 29,9 bilhões ao estado do Amazonas, englobando repasses ao governo estadual, prefeituras e diretamente aos cidadãos. Desse total, R$ 16,9 bilhões foram destinados entre janeiro e novembro de 2024.
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Renda regional
A região Sul foi a que apresentou o maior rendimento mensal real domiciliar per capita em 2024 (R$ 2.499), seguida pela Sudeste (R$ 2.381), a Centro-Oeste (R$ 2.331), a Norte (R$ 1.389) e a Nordeste (R$ 1.319).
Entre as unidades da federação, o Distrito Federal (R$ 3.276) lidera, com São Paulo (R$ 2.588) e Santa Catarina (R$ 2.544) a seguir. O menor valor foi do Maranhão (R$ 1.078), seguido por Ceará (R$ 1.210) e Amazonas (R$ 1.231).
Menor desigualdade
Outros indicadores alcançaram seus maiores valores reais desde 2012: o rendimento habitualmente recebido em todos os trabalhos (R$ 3.225) é o mais alto da série histórica, assim como o rendimento de programas sociais do governo (R$ 836).
A desigualdade de renda, medida pelo Índice Gini (0,506), também atingiu o nível mais baixo da série histórica na renda real domiciliar per capita, em expressiva redução comparada com 2023 (0,518) e ainda mais com o período pré-pandemia, em 2019 (0,544).
Também recorde, a população no Brasil com algum tipo de rendimento em 2024 chegou a 143,4 milhões. Já a população que recebe benefícios provenientes de programas sociais do governo cresceu de 18,6 milhões em 2023 para 20,1 milhões em 2024.

Com informações do governo federal e IBGE
Foto: divulgação/ADS