Vice-governador do Rio vai para TCE; e o do Amazonas?
Uma reviravolta na política do Rio de Janeiro nesta semana lança atenção sobre o cenário eleitoral do Amazonas para 2026.

Neuton Corrêa, da Redação do BNC Amazonas
Publicado em: 22/05/2025 às 12:43 | Atualizado em: 22/05/2025 às 12:43
Neste dia 21 de maio, o vice-governador do Rio, Thiago Pampolha (MDB), renunciou ao cargo. Ele foi indicado pelo governador Cláudio Castro (PL) a conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e teve o nome aprovado na Assembleia Legislativa (ALE-RJ).
Lá, a ideia é jogar luz sobre o deputado Rodrigo Bacellar, presidente da ALE, e assim habilitá-lo à disputa do governo fluminense em 2026.
Pelo placar da votação que aprovou Pampolha a conselheiro, é possível notar que a articulação política teve amplo apoio: 57 a 5, com 7 abstenções.
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Amazonas já ensaiou
Articulação semelhante já aconteceu no Amazonas, disse hoje (22) ao BNC Amazonas o vice-governador Tadeu de Souza (Avante).
Ele, contudo, ressalvou que foram conversas em nível de especulação.
Nos bastidores, essa articulação potencializaria o nome do presidente da ALE-AM, Roberto Cidade (União Brasil).
E parte dessa estratégia aconteceu. Foi quando Cidade obteve reeleição a presidente da assembleia por dois mandatos consecutivos, isso depois de já ter cumprido um.
Detalhe: a eleição para esse terceiro mandato aconteceu com dois anos de antecedência.
O eventual êxito desse estratagema, ao fim, beneficiaria o governador Wilson Lima, do mesmo partido de Cidade. É que ele colocaria no governo um aliado de extrema confiança, se elegeria senador e poderia voltar novamente ao cargo de governador.
Amazonino Mendes e Gilberto Mestrinho fizeram isso exaustivamente.
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Reações contrárias
Acontece que, agora, a repetição desse movimento sofreu reações contrárias.
De cara, a engenharia esbarra nos interesses do senador Omar Aziz (PSD), que já pôs sua pré-candidatura a governador nas ruas.
O que diz o vice
Hoje, abordado pelo site a comentar o episódio do Rio, Tadeu de Souza disse o seguinte:
“Eu sou uma pessoa muito privilegiada pelo que aconteceu na minha vida. Entrei na vida pública pelo andar de cima. E esse assunto já foi tratado, de compor a corte de contas. Novamente, é um novo privilégio? Mas, eu estou muito focado em tentar finalizar esse período da minha vida pública como vice-governador”.
Em suma, o vice do Amazonas demonstra estar a cavalheiro nesse cenário que se anuncia para 2026.
Isso porque tem boa alternativa à mesa, além da conclusão do mandato que conquistou com Lima em 2022: se candidatar a governador em 2026, como já fizeram vices anteriores recentes. Por exemplo: Omar Aziz (PSD), em 2010, e José Melo (sem partido), em 2014.
Foto: BNC Amazonas